O exame pericial realizado para confirmar a acusação de estupro contra uma estudante de 17 anos, em Dourados, foi confirmado hoje (21) pelo delegado regional da Polícia Civil, Lupérsio Degerone. O fato aconteceu no dia 19 de março, durante uma festa promovida por acadêmicos, depois da arrecadação feita no trote universitário, junto a Avenida Indaiá.
A informação é de que a jovem participou dos festejos, sofreu a violência e foi levada para unidade hospitalar do município em coma alcoólico. Quando a mãe chegou ao local encontrou a garota vestida com roupas masculinas e as vestimentas íntimas tinham vestígios de sangue. Questionada, adolescente não soube informar o ocorrido e nem se lembra do que aconteceu antes do desmaio.
Segundo apuração do Dourados News, a autoria do crime ainda não foi identificada, mas o delegado informou que colegas da vítima serão ouvidos, bem como organizadores da festa e outras possíveis testemunhas. Câmeras de locais próximos a festa também serão utilizadas para esclarecimentos.
“As investigações estão em andamento, a condução é pela DAM (Delegacia de Atendimento a Mulher) com a delegada Paula Ribeiro. Material masculino foi coletado para exames, as oitivas continuam, o andamento corre normalmente”, afirmou o delegado Degerone, com destaque ainda ao fato de que as apurações abrangerão também o crime de fornecimento de bebidas alcoólicas para menores de idade.
NOTA OFICIAL UFGD
De acordo com as informações relatadas pela mãe na ocorrência, a jovem iniciava curso na Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) e participava das ações com veteranos e outros calouros. A instituição de ensino superior divulgou em nota que está a disposição das autoridades para as investigações sobre o caso.
Foi acrescentado pela Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários e Estudantis (PROAE) que foi solicitado apoio da Polícia Militar para ações mais efetivas contra a realização dessas ações.
Destacou ainda que “se for comprovada a participação de alunos da UFGD no caso, todas a medidas administrativas cabíveis serão tomadas, inclusive a abertura de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD)”.