Defesa de prefeito e secretário de Educação pede revogação de prisão

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A defesa do prefeito de Ladário, Carlos Anibal Ruso Pedrozo (PSDB) e do secretário de Educação, Helder Paes dos Santos, pedem na Justiça a revogação das prisões. Eles estão detidos no Centro de Triagem de Campo Grande, desde o dia 26 de novembro, junto com mais sete vereadores, envolvidos no “Mensalinho”.

Além dos dois, sete vereadores da pequena cidade também foram presos. Destes, apenas a defesa de André Caffaro (PPS), entrou com Habeas Corpus para livrar o político que suspostamente recebia R$ 3 mil mensais de propina do prefeito.

Os advogados de Carlos Ruso, defendem que ele é réu primário, possui residência fixa, família constituída e nunca teve qualquer outro problema com o Poder Judiciário. Ainda segundo a defesa, ele é idoso (60 anos), e tem problemas de saúde, pois ele sofre de diverticulite aguda e antes de ser preso, foi internado às pressas para tratamento.

O que a defesa de Ruso pretende junto à Justiça, é substituição da medida extrema por prisão domiciliar.

Com relação ao caso do secretário de Educação, os advogados de Helder pedem medida cautelar substituindo a prisão, pois ele não ocupa mais o cargo de secretário. Eles alegam que em nenhuma das gravações feitas envolvem o ex-secretário.

Mensalinho

Na última segunda-feira (26), o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), cumpiu nove mandados de prisão preventiva e suspensão do exercício de mandatos eletivos e cargo público em Ladário.

A ação cumpriu a decisão do desembargador Emerson Cafure, da Seção Especial Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul. Os suspeitos são investigados por crimes de  associação criminosa, corrupção ativa e corrupção passiva.

Participavam de um provável esquema de pagamento de propina, conhecido popularmente de “mensalinho”, o prefeito da cidade, Carlos Anibal Ruso Pedrozo (PSDB), o secretário Municipal de Educação Helder Naulle Paes dos Santos Botelho e sete vereadores, sendo eles Vagner Gonçalves, Agnaldo dos Santos Silva Junior, André Franco Caffaro, Augusto de Campos, Lilia Maria Cillalva de Moraes, Paulo Rogério Feliciano Barbosa e Osvalmir Nunes da Silva. Dos 11 legisladores que ocupam a Câmara Municipal, apenas quatro não foram presos no esquema.