Exonerado da Casa Civil, Sérgio de Paula diz que retorno ao governo depende de Reinaldo

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Considerado peça fundamental na campanha de reeleição do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), Sérgio de Paula afirma que a vitória é resultado da “credibilidade” do governo, que ajudou a formar a aliança com 13 partidos. Além disso, relata que sua participação no próximo governo depende do chefe do Executivo e, mesmo assim, diz que vai pensar caso haja um convite.

“Foi uma campanha dura, levamos vários ataques falsos, mas prevaleceu a verdade. Prisões de amigos, família do governador, de filho… isso foi muito difícil. E a população, mesmo assim, reconheceu que o Reinaldo nosso governador para administrar por mais quatro anos”, disse de Paula, nesta segunda-feira (29), quando esteve acompanhado do governador reeleito para entrevista exclusiva ao Jornal Midiamax.

Responsável pela articulação política com os aliados, o ex-secretário tucano considera como mais importante a vitória em mais de 80% dos municípios sul-mato-grossenses e o “empate técnico” em outras dez cidades. “Você percebe que tem 66 municípios com apoio ao governo”.

Sérgio de Paula foi secretário de Estado da Casa Civil do governo Azambuja até março de 2017, quando teve de deixar seu comando, oficialmente, devido à reforma administrativa que reduziu o número de pastas e a Casa Civil foi incorporada à Secretaria de Governo.

Após isso, acabou sendo acusado pelo dono do curtume Braz Pelli por supostamente fazer parte de um esquema de extorsão para cobrança de propina em troca de benefícios fiscais no governo de Mato Grosso do Sul.

Também é réu acusado de usar de avião oficial para fim particular. Se condenado, pode ter os direitos políticos suspensos pelo período de 3 a 5 anos e ficar impedido de contratar com o governo pelo prazo de 3 anos.

Com a afirmação de Reinaldo que seu próximo governo terá novos nomes no primeiro escalão, isso abriria a possibilidade para um retorno à equipe administrativa. No entanto, de Paula diz que essa decisão está nas mãos do chefe do Parque dos Poderes.

“Ele [Reinaldo] vai ter tranquilidade para decidir, sou apenas um colaborador nisso aí. Não tem nada de cadeira cativa ou nada disso. Estou com Reinaldo há 23 anos, são duas décadas. Ele tem toda a liberdade para definir o primeiro escalão, o segundo escalão, o terceiro escalão. Porque o importante é prestar um bom serviço para a população do Estado”, explicou.

Questionado se aceitaria um eventual convite, Sérgio de Paula vai analisar a proposta. “Vou pensar”, conclui