Deputados federais e estaduais por Mato Grosso do Sul entendem que, a queda na aprovação do presidente Bolsonaro, na condução da pandemia, é fruto de uma gestão desastrosa. De partidos diferentes, eles comentaram pesquisa do Datafolha, divulgada nesta terça-feira (16).
Cabo Almi, do PT, disse que sempre soube que o governo Bolsonaro não iria a lugar nenhum e que a pandemia só confirmou o conceito.
‘’O que era ruim ficou pior com esse negacionista e criador de ideias mirabolantes’’, disse Almi. Ele destaca que o presidente vai terminar o mandato ‘’de arrasto’’, já que conseguiu eleger aliados nas presidências do Senado e Câmara, além de não ter como fazer protestos de rua contra ele.
O colega de partido de Almi, Pedro Kemp, entende que a ficha da população está caindo aos poucos. A crise sanitária vivida neste momento, garante o petista ‘’tem a ver com a falta de política deste governo, que minimizou a gravidade da pandemia, e não toma as medidas necessárias para o adequado enfrentamento da crise’’.
Dagoberto Nogueira, do PDT, vai no mesmo sentido e diz que a queda da popularidade, no que diz respeito à gestão da pandemia, tem a ver com as irresponsabilidades do governo.
“Quando falta planejamento, estratégia e condução este é o resultado. O Brasil precisa sair do radicalismo para enfrentar essa crise e para isso é preciso muita seriedade e trabalho com responsabilidade… ‘’, refletiu o pedetista.
Vander Loubet, garante que os números da pesquisa refletem o desastre que é o Governo Bolsonaro.
‘’Apesar de estarmos quase com três mil mortes diárias por causa da Covid-19, Bolsonaro e seu governo seguem com uma postura negacionista, incentivando aglomerações, criticando o uso de máscara e fazendo pouco caso da vacinação’’, lamentou o petista.
‘’Nosso país está na contramão do mundo e isso está nos custando caro, tanto na saúde quanto na economia… ‘’, acrescentou o deputado federal.
Contraponto
O aliado de Bolsonaro, Luiz Ovando, do PSL, compara a queda na aprovação com remédios ruins que as crianças têm de tomar, mas que são necessários. Ele destaca que o presidente pegou o país quebrado e moralmente doente.
‘’A pandemia veio como assistente da esquerda e os torcedores da tragédia vibrando com os acontecimentos. Felizmente o presidente está conseguindo manter o mínimo para continuar o caminho, mas sofrimento e remédio amargo, que são necessários, não agrada ninguém, por isso a queda temporária da popularidade’’, refletiu o bolsonarista de MS.
Datafolha
Pesquisa recente realizada pelo Instituto Datafolha aponta que 54% dos entrevistados avaliam como ruim ou péssimo o desempenho do presidente Jair Bolsonaro, na gestão da crise provocada pelo novo coronavírus.
A pesquisa foi divulgada nesta terça-feira (16), ), no site da “Folha de S.Paulo”. Segundo o G1, na pesquisa anterior, realizada em janeiro, esse índice era de 48%.
Conforme os dados, 22% consideram ótima ou boa a performance de Bolsonaro na condução do enfrentamento à pandemia. O índice anterior era de 26%.
A pesquisa nacional do instituto foi realizada por telefone nos dias 15 e 16 de março e ouviu 2.023 pessoas. A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
