Filho de comerciante da fronteira está entre feridos no tiroteio

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Maroan Fernandes Haidar Ahmed está entre os feridos no tiroteio da noite deste domingo (11) durante briga em bar localizado na Rua Tiradentes, no centro de Ponta Porã. Ele é filho do comerciante Bassan Hassan Haidar Ahmed, de família árabe e dono de perfuradora de poços artesianos na fronteira

Além de Maroan, foram atingidos pelos tiros o brasileiro Lucas Alves da Silva, 27, e Alfredo Arce Neto, 19. Foragido da penitenciária de Pedro Juan Caballero desde a fuga em massa de janeiro de 2020, Lucas morreu e Alfredo está na ala vermelha do Hospital da Vida, em Dourados. O estado dele é grave.

Segundo informações apuradas pela Polícia Civil com policiais paraguaios, Maroan e pelo menos outra pessoa não identificada (também ferida pelos tiros) foram levados para um hospital particular de Pedro Juan Caballero.

O Campo Grande News apurou que devido à gravidade dos ferimentos, Maroan teria sido levado de avião na manhã de hoje para São Paulo.

As circunstâncias do tiroteio ainda não foram esclarecidas. De acordo com o boletim de ocorrências, o tiroteio aconteceu por volta de 21h após desentendimento entre os clientes.

Ao estilo velho oeste, os homens sacaram as armas e começaram a disparar uns contra os outros. A polícia encontrou diversas cápsulas deflagradas, manchas de sangue e marcas de disparos nas paredes e a porta de vidro quebrada pelos tiros.

Mulher de 24 anos passava de carro perto do bar no momento dos disparos contou à polícia que foi abordada por alguns homens, um deles armado, e Lucas colocado dentro do veículo. O homem armado também entrou no carro.

“Me manteve sob a mira da arma de fogo, depois de algumas voltas ele desceu do carro e deixou o homem ferido dentro do veículo”, contou a mulher. Em seguida ela se dirigiu até o Hospital Regional de Ponta Porã, mas Lucas já estava morto.

Crime no MT – Em dezembro de 2018, Maroan Ahmed foi acusado de matar a tiros Fabio Batista da Silva, 27, em um posto de combustíveis de Rondonópolis (MT). Maroan atirou em Fábio depois de discussão banal, porque o rapaz teria reclamado da luz alta da caminhonete Amarok do comerciante fronteiriço.

Em fevereiro do ano passado, depois de faltar à audiência do processo, Maroan foi preso por determinação do juiz da 1ª Vara Criminal de Rondonópolis.

Na decisão, o juiz citou que Maroan “demonstra menosprezo e deboche das forças policiais e da Justiça, uma vez que publicou em uma de suas redes sociais fotos falsas com o intuito de obstar a sua localização e conseguinte prisão”.

Na época em que estava foragido, ele teria postado fotos na praia e em restaurante do Nordeste comendo camarão. Entretanto, ele ficou pouco tempo na cadeia e logo ganhou liberdade.