Ladrão morto tinha 19 anos e roubou carro de policial, filho de PRF que atirou

0

O homem morto nesta madrugada, depois de ser atingido por agente aposentado da PRF (Polícia Rodoviária Federal), chama-se Isac da Silva Machado e tinha 19 anos. Com extensa passagem, de tráfico à homicídio, conforme apurou o Campo Grande News, ele foi morto depois de roubar um veículo da ex-esposa do filho do agente, por volta das 00h30, na Vila Nhanha, em Campo Grande.

A reportagem apurou que o filho é policial militar e tem 30 anos e estava separado da esposa, de 31 anos, com quem tem um filho. Ele vive com o pai, agente aposentado da PRF de 55 anos. Na noite desta quinta-feira (14), por volta das 23h55, a ex-esposa do PM foi até a casa do PM buscar o filho do casal, dirigindo o gol do ex-marido. Quando chegou, foi abordada por Isac, que a obrigou a ir para o banco traseiro.

O PM, que ouviu a confusão, saiu da casa, mas foi ameaçado e voltou. O ladrão liberou a ex-esposa do PM e fugiu no veículo. O agente aposentado e o filho PM saíram em carro particular para localizar Isac.

Acabaram encontrando o autor do roubo no cruzamento entre a Rua Luiz Louzinha com Rua Ranulfo Corrêa, onde os disparos aconteceram. O agente atirou duas vezes, conforme levantou o Campo Grande News, e um dos disparos atingiu o jovem na escápula, região do tórax.

Conforme a reportagem apurou junto à polícia, o PRF acionou o Corpo de Bombeiros e óbito foi constatado às 00h18. Isac segurava uma arma de simulação utilizada para jogos de conflito, conhecida como arma de air soft. Além disso, portava uma arma verdadeira calibe 32.

O carro foi levado à Defurv (Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Veículos). À polícia, o PM negou portar arma de fogo no momento e disse que estava dirigindo.

Moradora viu – Moradora que vive exatamente na frente do cruzamento entre a Rua Luiz Louzinha com Rua Ranulfo Corrêa, na Vila Nhanha, diz ter ouvido o barulho e assistido toda a cena. Ela afirma que ficou, do portão, assistindo à perseguição, mas pediu para não ser identificada pois teme exposição no caso. Ela contou não ter sido chamada, até o momento, para depor pois ficou “escondida”.

A moradora relatou que o filho teria começado a agredir o ladrão já baleado e quando percebeu o ferimento questionou o pai. A moradora disse ter ouvido ele dizer “pai, você atirou nele?” e ao ouvir resposta afirmativa, se afastou. Ela disse que a vítima dos disparos ficou no chão “agonizando” enquanto a família chamava socorro.

Segundo contou, a primeira equipe a chegar foi do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e depois, polícia militar. Conforme a moradora, os dois saíram do local no veículo em que chegaram.