Mandetta confirma que Secretaria de Saúde Indígena não será fechada

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Em visita a Campo Grande nesta sexta-feira (29) o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), garantiu que a Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena) não será fechada pelo Governo Federal.

De acordo com Mandetta, a hipótese foi levantada pelo Ministério da Saúde, que tinha a intenção de juntar ela a uma Secretaria Nacional de Atenção Básica que está sendo criada, entretanto, em conversa com lideranças indígenas sobre o assunto, a ideia foi extinta.

“A Sesai se ocupa somente da atenção primária, e o que havia de sugestão era que, como nós estamos criando a Secretaria Nacional de Atenção Básica, que vai trabalhar com os distritos sanitários, muito parecido com os distritos sanitários indígenas, porém, para toda a população, nós queríamos somar. As comunidades indígenas entendem que não, eles querem ter um sistema separado e, por conta de toda a história cultural, de muitas perdas que os índios sempre tiveram, eles pediram que mantivesse e nós vamos manter a Sesai, fazendo medidas para que possam dar melhor controle do dinheiro público e que possa da melhor agilidade na compra de escala”, garantiu Mandetta.

Conforme o ministro, a ideia surgiu porque como a população indígena hoje está abaixo de 1 milhão de pessoas (818 mil segundo o Ministério da Saúde) a compra de medicamentos para essa quantidade de pessoas fica mais cara do que se ela for somada ao total de brasileiros.

“Nós ganharíamos muito em poder de compra, poder de gestão, em controle. Quando você compra medicamentos com um número X de indígenas é muito mais caro do que quando você comprar para 210 milhões de brasileiros, então ganharíamos agilidade com os programas de saúde”, explicou.

A Sesai hoje trabalha com autonomia administrativa, orçamentária e financeira, com responsabilidade sanitária dos 34 Dseis (Distritos Sanitários Especiais Indígenas).