Médico de MS participa de transplante de coração em SP e ajuda a salvar vida de criança

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Uma criança de quatro anos de idade moradora em São Paulo (SP) teve a expectativa de vida prolongada após passar por cirurgia e receber um novo coração, na sexta-feira passada (31/3).

O menino estava com insuficiência cardíaca terminal e aguardava há três meses por órgão compatível para transplante.

O processo cirúrgico só foi possível por ação conjunta envolvendo forças de segurança e de equipe médica no qual Guilherme Viotto, 37 anos, de Campo Grande, faz parte.

Atualmente ele atua na capital paulista, em equipe de Cirurgia Cardíaca Pediátrica Prof. Dr. Marcelo Jatene, responsável pelo transplante ocorrido na sexta-feira.

O coração transplantado era de criança vítima de acidente automobilístico ocorrido na BR-470, em Blumenau (SC).

Um helicóptero e um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) foram usados para realizar o transporte de equipe até o interior de Santa Catarina e depois até São Paulo. 

Sobre a experiência, o médico disse ao Dourados News na manhã desta segunda-feira (3/4) que a cirurgia aconteceu com êxito, sem interferências e que a criança está reagindo bem.

Formado há 12 anos em medicina pela UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Guilherme atualmente é cirurgião cardíaco com especialização em Cirurgia Cardíaca Pediátrica.

Ele também integra equipes nos hospitais HCor, Sírio Libanês e Albert Einstein, além do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia.

“É muito emocionante. Você deixa sua família em casa para poder salvar uma vida. Fico lisonjeado por ter a oportunidade de trabalhar neste tipo de ação. Uma sensação ímpar”, comentou o médico.

Guilherme lamentou a morte da criança de oito anos em acidente em rodovia federal, mas destacou a boa ação dos familiares em autorizar o procedimento de transplante.

“Pensar que uma família em um momento de extrema dor, ter uma atitude tão nobre, de doar este coração que agora está batendo no peito de outra criança”, salientou.

Notícias sobre transplante ganharam destaque em programas jornalísticos e veículos de comunicação de São Paulo e Santa Catarina.

A ação conjunta envolveu a FAB, o Corpo de Bombeiros de Santa Catarina e Polícia Civil de São Paulo. A articulação foi necessária para haver possibilidade logística de deslocamento entre os Estados.