médico que sobreviveu a ataque no Rio diz que está bem

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O único sobrevivente do ataque aos quatro médicos em um quiosque na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, divulgou um vídeo nesta 6ª feira (6.out) falando sobre o processo de recuperação. Daniel Sonnewend Proença, 32 anos, teria levado cerca de 10 tiros e passou por uma cirurgia que durou quase 10 horas.

O ortopedista, que se formou em 2016 na Faculdade de Medicina de Marília e tem especialidade em trauma, reconstrução e alongamento ósseo pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas Faculdade de Medicina da USP, teve lesões no tórax, intestino, pélvis, mão, pernas e pé

Ele foi levado inicialmente para o Hospital Municipal Lourenço Jorge e lá passou por uma cirurgia de quase 10 horas, que envolveu 18 profissionais, entre médicos e enfermeiros.

Na noite de ontem (5.out), ele foi transferido para o hospital particular Samaritano, na Barra da Tijuca, onde segue se recuperando. Segundo boletim médico, o quadro de saúde de Daniel é considerado estável. Foi no hospital que o ortopedista gravou o vídeo divulgado hoje.

Execução em quiosque

Daniel Sonnewend Proença é o único sobrevivente do ataque que deixou outros três médicos mortos, na madrugada de 5ª feira (5.out), em um quiosque na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.

Imagens de câmeras de segurança mostram que, às 0h59, três homens de preto chegaram em um carro branco, desceram, efetuaram os disparos contra os quatro médicos e saíram do local sem levar nada.

As vítimas são os também ortopedistas Marcos de Andrade Corsato, Perseu Ribeiro Almeida e Diego Ralf de Souza Bomfim. O último é irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) e cunhado do também parlamentar Glauber Braga (PSOL-RJ), o que levantou a hipótese de crime de execução ligado à política.

Última foto tirada por médicos vítimas de ataque a tiros. Daniel (de camisa azul escuro) foi o único sobrevivente | Reprodução

Entretanto, informações preliminares da Polícia apontam que eles foram mortos por engano. Perseu pode ter sido confundido com o miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, que saiu da prisão no final de setembro e era frequentador da área onde foi registrado o crime.