MS está entre os 10 estados em prioridade para candidatura própria do PT, diz Vander

0

ato Grosso do Sul é um dos 10 estados considerados pelo diretório nacional do PT (Partido dos Trabalhadores) como prioridade para candidatura própria, afirma o deputado federal Vander Loubet. O pré-candidato do partido em MS é o ex-governador Zeca.

Ao Jornal Midiamax, Vander apontou que o diretório nacional se considera bem posicionado em estados que já foram governados pela legenda. Entre eles, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Acre.

“Nós estamos incluídos entre os 10 estados que o PT tem pretensões de lançar candidatos”, afirmou à reportagem. Segundo Vander, a listagem de MS faz parte de um pente fino feito pelo diretório nacional.

Sobre o pré-candidato oficial do partido em MS, disse que “o companheiro Zeca já foi governador duas vezes, foi nosso candidato a senador, teve uma votação expressiva”. Segundo o deputado federal, Zeca “tem potencial para fazer um terço de votos” e ir para o segundo turno.

Assim, considera que com a “posição que está o Lula e o histórico que nós temos em mão, a gente passa a ser extremamente competitivo”. Defendendo com números a candidatura própria do PT em MS, Vander afirma que “hoje em qualquer pesquisa no Estado, o Zeca já tem metade dos votos que o Lula tem e eu não vi em nenhum município o Lula com menos de 40 ou 45%”. Por isso, acredita que as pesquisas dão “uma segurança de que o Zeca tem hoje 20% sem medo de errar em qualquer cenário de MS”.

Expectativas e federações

Vander destacou ao Jornal Midiamax que o PT tem projeção de uma candidatura própria, chapa federal e estadual. “Se a gente fizer a federação, a gente amplia mais ainda com essa possibilidade de montar uma chapa para eleger dois federais e cinco estaduais”, pontuou sobre o objetivo do diretório.

“Acho que o que precisa agora é consolidar essa federação, até porque a prioridade para nós é a eleição do Lula”, apontou. “Eu falei com Lula que não tenho vaidade, por outro lado não posso mais entrar em aventuras, tenho 72 anos”, disse Zeca.

Em conjunto com o diretório, o pré-candidato tem como mais importante agora a eleição presidencial. “Para nós afastarmos o fantasma do desequilíbrio, da irresponsabilidade, da ignorância que representa o Bolsonaro”, disse.

Ao Jornal MidiamaxZeca já havia afirmado que vê a possibilidade de federações como positivas. Por isso, defende que “quanto mais a gente reforçar os palanques nos estados melhor”.

O deputado federal destacou que “qualquer diálogo com outra candidatura ela é como condição, apoiar o Lula. E se caso a gente não viabilize isso, o Zeca é nosso candidato”. Firme na pré-candidatura do companheiro petista, Vander pressupõe que “essa campanha [do Zeca] vai ser nacionalizada, eu acredito que a coisa da esperança é muito forte”.

Para Vander, o governo de dois mandatos teve uma “marca muito forte da inclusão social, para servidores públicos, para o setor da agricultura”. O deputado disse ainda que os feitos da governança petista em MS seguiram para os mandatos seguintes. “Os grandes pilares que sustentam até hoje são marcas do nosso governo, como o Fundersul, o Fundersul é nosso”.

Citado por Lula, Zeca diz que está à disposição do PT e reclama da ‘soberba’ de Marquinhos

‘Sempre disse estar à disposição do partido’, explicou o ex-governador

Evelin Cáceres e Dândara Genelhú

 

Zeca reclamou do pré-candidato ao governo Marquinhos Trad
Zeca reclamou do pré-candidato ao governo Marquinhos Trad – Foto: Arquivo Midiamax

Uma das maiores lideranças do PT em Mato Grosso do Sul, Zeca foi citado pelo pré-candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva, o Lula, como um dos dez políticos a serem considerados prioridade nas eleições estaduais para cabeça de chapa em 2022. Em entrevista ao Jornal Midiamax, o petista confirma estar ‘à disposição’ do partido. Ele ainda reclamou do que classificou como ‘soberba’ do prefeito Marquinhos Trad (PSD), também pré-candidato, ao comentar sobre possíveis federações partidárias.

“Estou a serviço da causa, isso eu já falei. E o que eu disse sobre as federações é que o PSD seria muito bem vindo. Mas eu acho muito equivocada a posição do Marquinhos Trad. Acho que ele está de salto alto, com soberba, sem nenhuma humildade e, portanto, do meu ponto de vista, nos afasta cada vez mais. Eu não teria nenhuma motivação neste momento para defender uma aliança com Marquinhos Trad”, disparou.

Em entrevista ao Midiamax, Zeca explicou que está a serviço do partido. Ou seja, caso o partido entendesse que o melhor seria uma federação partidária, teria que avaliar as possibilidades e o que fosse melhor para o PT em Mato Grosso do Sul, de acordo com o que for decidido pela nacional. Questionado se mudou o posicionamento após ser citado nominalmente por Lula, Zeca foi enfático.

“Não mudou. Falei que eu conversei com Lula que não tenho vaidade. E que, portanto, eu entendo que quanto mais a gente reforçar os palanques nos estados, melhor”, esclareceu.

No entanto, o ex-governador diz que seria preciso uma retratação do pré-candidato ao governo pelo PSD caso acontecesse, de fato, uma federação em Mato Grosso do Sul em que fosse preciso trabalhar uma candidatura entre o partido e o PT. “Pode até acontecer a aliança, mas eu não peço voto para o Marquinhos Trad, do jeito que está não. A não ser que ele faça uma retratação pública, ele está me confundindo com os velhos parceiros dele”, finalizou.

Vice

Na semana passada, Marquinhos confirmou Ricardo Ayache (PSB) como possível candidato a vice-governador em sua chapa. “Já está consolidado”, disse na sexta-feira (11). A única pendência, no entanto, é a possibilidade de federação que o PSB nacional cogita com o PT.

“Ele disse que só não se consolidaria caso viesse um pacto federativo do partido dele impondo uma união com outra sigla diferente da nossa, caso contrário, já poderia anunciar que será eu e ele”.

Nacionalmente, PT e PSB têm feito reuniões para destravar as negociações que esbarrariam, principalmente, na divergência sobre quem será o cabeça da chapa no Governo de São Paulo.

Como pré-candidato a presidente, os petistas têm Lula e o PSB indicaria um candidato a vice — este partido está dividido quanto à formalização da federação. Neste caso, eventual aliança que possa ser formada em âmbito nacional valerá para as executivas de todos os estados brasileiros, portanto, cancelaria possibilidade entre PSB e PSD de MS.