MS tem oito mulheres agredidas por minuto na pandemia

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A subsecretária de Políticas Públicas para Mulheres do Estado, Luciana Azambuja, demonstra preocupação com o alto índice de mulheres agredidas durante a pandemia do novo coronavírus. Enquanto o distanciamento e isolamento social ajudam a conter o vírus, o maior tempo em casa faz com que mulheres sejam vítimas de agressões com mais frequência.

Em 2020, conforme dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, oito mulheres foram agredidas fisicamente durante a pandemia a cada minuto. Além disso, uma em cada 4 mulheres, com mais de 16 anos, sofreu algum tipo de violência nos últimos 12 meses.

Mato Grosso do Sul teve 17 mil boletins de ocorrência registrados por violência doméstica, com 40 feminicídios. Somente em Campo Grande foram 12 casos, um aumento de 120% em relação a 2019, quando 5 mulheres foram mortas. Mais da metade dos crimes envolvem ex-companheiros.

“A quarentena é a medida mais segura, necessária e eficaz contra o COVID, mas impõe às mulheres um regime de isolamento, trazendo graves consequências para a segurança e saúde das mulheres que já viviam relacionamentos abusivos. Em tempos de pandemia, estamos permanecendo mais tempo em casa – e muitas mulheres estão ao lado do agressor por mais tempo, em habitações precárias, com renda diminuída, maior estresse e ansiedade, com crianças e adolescentes. Esses fatores podem potencializar a violência contra as mulheres naquele local em que deveriam estar mais seguras”, diz a subsecretária.

Azambuja afirma que a secretaria busca ajudar as vítimas e oferece curso de qualificação profissional, dando destaque para o empoderamento da mulher.

“Trabalhamos com políticas públicas de enfrentamento à violência, partindo da análise de dados estatísticos fornecidos pelas instituições da segurança pública, contextualizados em documentos como o Mapa do Feminicídio de Mato Grosso do Sul, lançado no dia 1º de junho. Mas também atuamos na busca da autonomia econômica e social das mulheres, oferecendo gratuitamente cursos de qualificação profissional e trabalhando o empoderamento das mulheres, para que possam ser protagonistas das suas vidas e fazerem as escolhas que desejarem”, diz Luciana.

A subsecretária afirma que o Estado é pioneiro na defesa dos direitos das mulheres e a atenção está voltada para a saúde e bem-estar das mulheres.

“O registro de denúncias de crimes de violência doméstica contra mulheres e crianças podem ser feitos na Delegacia Virtual, pelo site www.naosecale.ms.gov.br. O App MS Digital com o ícone MULHER MS, intensificou reuniões e oficinas virtuais. As Delegacias de Polícia Civil e a Polícia Militar não interromperam sua atuação um único dia sequer, tendo o Promuse atendido ocorrências inclusive em áreas rurais e aldeias indígenas, durante a pandemia”, diz Luciana