O Último Voo de uma Ave

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O Último Voo de uma Ave
(Diobelso Teodoro de Souza)
As aves de Amambai
Plantaram um Cerrado
Em minhas mãos,
Que canta muito.
Mas uma ave partiu,
Assim, de repente.
Após saltitar
Alegremente,
Por várias horas
Nas Cachoeiras robustas
Do Rio Amambai.
Num voo rasteiro,
Desprevenido, traiçoeiro,
Sem avisar ninguém.
Agora,
Um cômodo vazio,
Alargado, aumentado,
Cada vez mais
Mora em mim.
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