onça-pintada observando guias de turismo que subiram em árvore

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Uma onça-pintada decidiu andar sobre a passarela em que estavam 2 guias de turismo, em uma fazenda de Miranda, no pantanal sul-mato-grossense. Ao verem o animal aproximar-se, eles subiram em uma árvore para registrar o passeio, na tarde dessa segunda-feira (29).

 

De acordo com o guia Giuliano Acunha Dias, responsável pelas imagens, ele foi com um colega até o local para limpar a trilha quando depararam-se com o animal.

 

No vídeo, é possível ver a onça andando tranquilamente pela passarela em direção aos homens, até parar embaixo da árvore em que estavam, e ficar observando os dois. Um dos guias suspeita que a onça teria sentido o cheiro deles.

 

O animal fica meio indeciso em continuar a caminhada, retorna e observa mais uma vez os guias. Em seguida, a onça pula em uma área alagada, por conta da cheia no Pantanal, e segue para dentro da mata.

 

De acordo com Giuliano, que pegou o celular do colega para filmar a onça-pintada, os animais sempre aparecem na região, principalmente na época de cheia do Pantanal. Eles vão até a trilha porque é um ponto alto e conseguem ter uma visão geral da região.

 

“Sempre vamos em dois no local quando temos que fazer alguma coisa lá. Usamos binóculos para observar se há algum animal, até mesmo porque o lugar é deles. Essa trilha tem 900 metros e ela estava bem na ponta e caminhava tranquilamente em direção da gente”, explica ao G1.

 

Giuliano conta que eles poderiam ter ido embora, mas decidiram subir na árvore e registrar o passeio da onça, porque trabalham no local e têm experiência com animais silvestres:

 

“O bicho é lindo demais. Estou impressionado com a beleza dele e é algo único. Toda vez que vejo uma onça, sempre tem aquela sensação de ser a primeira vez”, afirma.

 

De acordo com Armando Nascimento Neto, de 40 anos e que há 9 trabalha na região, mesmo sendo uma cena corriqueira, é sempre inesquecível a proximidade com os animais:

 

“Quando ela parou embaixo, estava muito tranquila. Ela não vê a gente como comida. Já vi em torno de umas 400 onças, é sempre uma emoção diferente”, finaliza.