Pedágio na BR-163 sobe 16,8%, quatro vezes mais que a inflação

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O pedágio nas nove praças de cobrança da BR-163 em Mato Grosso do Sul sofrerá reajuste de 16,82% a partir de sexta-feira (18), o que representa quatro vezes mais que a inflação dos últimos doze meses no País, que é de 3,99% (IPCA). Em março deste ano chegou a ser anunciado que a tarifa do pedágio ficaria congelada por até dois anos.

Desse modo, a menor tarifa, em Mundo Novo, passa dos atuais R$ 5,10 para R$ 6,00 para carro de passeio. E a maior, em Campo Grande e Rio Verde, salta de R$ 7,80 para R$ 9,10.

A decisão foi publicada na edição do Diário Oficial da União desta terça-feira (15)  pela Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT. De acordo com a agência, o índice foi fixado com base na variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no período desde o último reajuste, 2021.

A rodovia, de 845 quilômetros, corta 21 municípios de Mato Grosso do Sul, ligando Mundo Novo, na divisa com o Paraná, até Sonora, na divisa com Mato Grosso. Ela foi privatizada em 2014 com a promessa de que seria completamente duplicada, mas a CCR MSVia duplicou somente cerca de 150 quilômetros, suficientes para iniciar a cobrança de pedágios.

A empresa chegou a desistir da concessão, que em março deste ano foi prorrogada por mais dois anos, mas agora voltou a negociar com o o Governo Federal para se manter na exploração do serviço.

Conforme balanço divulgado pela CCR MSVia, no primeiro trimestre de 2023 a empresa operou com prejuízo de R$ 59 milhões. O resultado, embora negativo, foi menos ruim que o desempenho da empresa no mesmo período de 2022, quando o primeiro trimestre acabou com R$ 71,9 milhões de prejuízo, conforme alega a empresa. A principal explicação para estes prejuízos são os juros que o grupo está pagando aos bancos.

Nos primeiros três meses do ano, o faturamento com a cobrança de pedágio a CCR MSVia faturou 42,35 milhões, o que representa aumento de 6,1% na compração com os R$ 39,9 milhões com igual período do ano passado.

Petrobras anuncia aumento de R$ 0,41 na gasolina e de R$ 0,78 no diesel
O aumento é de cerca de 16%. Para o diesel A, a estatal aumentará em R$ 0,78 por litro o seu preço médio de venda, que passará a ser de R$ 3,80 por litro
| JOVEM PAN

Foto: REUTERS/Paulo Whitaker/File Photo
A Petrobras anunciou que aumentará em R$ 0,41 por litro o seu preço médio de venda de gasolina A para as distribuidoras, que passará a ser de R$ 2,93 por litro a partir desta quarta-feira, 16. O aumento é de cerca de 16%. Para o diesel A, a estatal aumentará em R$ 0,78 por litro o seu preço médio de venda, que passará a ser de R$ 3,80 por litro. O reajuste no diesel representa 26%.

Apesar do reajuste, em 2023 o preço da gasolina vendida às distribuidoras acumula redução de R$ 0,15 por litro e o diesel, redução de R$ 0,69 por litro, diz a Petrobras. A estatal informou que “busca evitar o repasse da volatilidade conjuntural do mercado internacional e da taxa de câmbio, ao passo que preserva um ambiente competitivo salutar nos termos da legislação vigente”. Segundo a empresa, Segundo a Petrobras, a nova política de preços dos combustíveis “permitiu que a empresa reduzisse seus preços de gasolina e diesel e, nas últimas semanas, mitigasse os efeitos da volatilidade e da alta abrupta dos preços externos, propiciando período de estabilidade de preços aos seus clientes”.

Considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 2,14 a cada litro vendido na bomba. Considerando a mistura obrigatória de 88% de diesel A e 12% de biodiesel para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 3,34 a cada litro vendido na bomba.