Policial Militar, Teófilo leva no peito salvamento que vale mais que mil homenagens

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Quanto custa salvar uma vida? No caso do Policial Militar Teófilo Rafael da Silva, 34 anos, custou apenas uma leve corrida de 50 metros e a alegria de ver alguém que já não apresentava batimentos cardíacos voltar a respirar. O policial relembra que, no dia que em que ajudou a reanimar Gilberto, estava em uma barbearia cotando o cabelo quando ouviu os gritos de socorro da esposa da vítima.

“Eu deixei meus filhos na escola e ia para o centro, mas decidi cortar o cabelo no bairro Residencial Oiti. Estava apenas eu e o barbeiro, quando escutei os gritos de socorro. De início, como policial, eu pensei que a mulher tinha sido vítima de violência, de assalto, algo assim. Mas, na verdade, o esposo dela estava passando mal. Ela pediu ajuda e saí correndo da barbearia com o avental”, relembra Rafael.

Ao chegar na casa, Teófilo encontrou o homem no chão, com sérias dificuldades para respirar. “Ele ainda estava com os olhos abertos quando cheguei, mas não conseguia respirar. Em seguida, ele desmaiou.

Salvamento foi registrado em foto – Arquivo Pessoal

Verifiquei o pulso e não apresentava batimentos. A esposa dele estava desesperada e eu fiquei fazendo massagem, até que consegui fazer ele voltar. Ele voltou a respirar, depois abriu os olhos”.

Como a esposa da vítima tinha acionado o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de urgência), Rafael relembra que os socorristas chegaram no local e encaminharam o homem para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do bairro Tiradentes. “Eu ajudei a colocar ele na ambulância e foi para a UPA. Ele internou de manhã, quando foi de noite eu visitei ele, mas não lembrava de nada. A esposa dele contou o que havia acontecido, ele tinha muita dificuldade para falar, mas conseguiu agradecer mesmo naquela situação. A esposa dele agradeceu muito e eu fiquei aliviado de ver que ele estava amparado”.

Questionado sobre já ter vivido momentos como este, o policial afirma que devido a profissão sempre presta ajuda a algum cidadão, mas não nas mesmas circunstâncias de Gilberto. “Já aconteceu, mas não da mesma maneira. Quando escolhemos a profissão de policial, nos prontificamos a ajudar a sociedade. Nossa profissão tem esse propósito e ajudar ele naquele momento, me trouxe muita alegria”.