Pressionado, Bolsonaro troca seis ministérios para atender Congresso e aproximar Forças Armadas

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Pressionado pelo Congresso, o presidente Jair Bolsonaro fez nesta segunda-feira a sua primeira reforma ministerial após mais de dois anos de governo. De uma única vez, fez seis mudanças em alguns dos seus principais ministérios e sacramentou a entrada do Centrão no Palácio do Planalto.

Em nota, a Presidência da República confirmou a nomeação da deputada Flávia Arruda (PL-DF) na Secretaria de Governo, responsável pela articulação política junto ao parlamento. Flávia é integrante do PL, comandado por Valdemar Costa Neto, um dos principais líderes do Centrão.

Como mostrou o GLOBO, Valdemar vem liderando a aproximação do partido com Bolsonaro — a sigla emplacou nomes na presidência do Banco do Nordeste e na diretoria do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

Flávia substitui Luiz Eduardo Ramos, que será transferido para a Casa Civil. Com a troca, Walter Braga Netto deixa o Planalto e irá para a Defesa, substituindo o ministro Fernando Azevedo e Silva, que foi demitido nesta tarde por Bolsonaro.

Além disso, o delegado da Polícia Federal Anderson Gustavo Torres assume o Ministério da Justiça e Segurança Púbica. Antes, ele estava na Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal. Assim, André Mendonça volta para a Advocacia-Geral da União, cargo que ocupou até abril do ano passado. Mendonça substituirá José Levi, que também foi demitido nesta tarde.

Em outra troca, o embaixador Carlos Alberto Franco França assumirá o comando do Ministério de Relações Exteriores no lugar de Ernesto Araújo.