Professor de música é preso suspeito de estuprar menina de 9 anos em escola de Água Clara

0

Um professor de música foi preso na tarde desta segunda-feira (27), suspeito de estuprar uma menina de 9 anos, em Água Clara, a 189 quilômetros de Campo Grande. A prisão foi feita por uma equipe da Polícia Civil no âmbito da operação “Acalento.

Segundo informações policiais, o Conselho Tutelar levou à Delegacia de Polícia uma mãe que relatou o suposto abuso sofrido pela filha na escola de música. A mulher disse que foi buscar sua filha na escola e a encontrou trancada no banheiro com o professor.

Imediatamente, ela questionou porque ambos estariam no banheiro, e ele disse que estava fazendo a limpeza do local. A genitora questionou sua filha se algo teria ocorrido, contudo, num primeiro momento negou.

Já na data de hoje,  a vítima, de forma espontânea, disse que foi abusada sexualmente pelo professor e narrou os detalhes. Ela foi encaminhada para a realização de exame sexológico, sendo constatada, pelo médico perito, a ruptura do hímen.

Em razão de tais fatos, a Polícia Civil representou pela prisão preventiva do suspeito, que, após parecer favorável do Ministério Público, foi decretada pelo Poder Judiciário. As investigações seguem com o indiciado preso e o inquérito policial tem o prazo de dez dias para ser concluído.

 Acalento – A operação “Acalento” teve início no dia 13/06 e segue até o dia 13/07/2002.

A ação é coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por meio da Secretaria de Operações Integradas (Seopi), em parceria com o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), com o objetivo de combater crimes de violência contra crianças e adolescentes nos 26 estados e no Distrito Federal.

A primeira etapa da operação aconteceu em julho do ano passado. Na ocasião, 76 pessoas foram presas em flagrante no Mato Grosso do Sul. Houve também o cumprimento de 60 mandados de prisão e a solicitação de 31 medidas protetivas.

Menina que pediu ajuda em escola de Campo Grande contou sobre estupro após ver relatos de Klara Castanho

Menina que pediu ajuda em escola de Campo Grande contou sobre estupro após ver relatos de Klara Castanho
(Henrique Arakaki, Midiamax)

A menina de 12 anos que pediu ajuda na escola onde estuda, nesta segunda-feira (27), após ser vítima de estupro cometido pelo primo durante anos, em Campo Grande, disse que resolveu contar o caso depois de saber dos relatos da atriz Klara Castanho. O caso da atriz ganhou repercussão nacional depois que informações sobre abuso, gravidez e entrega de criança legalmente para a adoção vieram à tona.

A menina teve uma crise de pânico na escola depois que soube do caso da atriz e a  chegou a ser chamada. Os militares encaminharam a garota para a Depca ( Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente). A mãe da menina prestou depoimento.

Na delegacia, a mãe da garota falou que há cinco anos precisou deixar a sua filha por uma semana, na casa de sua irmã para trabalhar e após buscá-la ouviu o relato da menina que contou ter sido abusada pelo primo. A mulher relatou que conversou com a irmã e com o sobrinho, que negou os fatos.

Portanto, ela não teria registrado o boletim de ocorrência. A mulher ainda disse na delegacia que não acredita que a filha tenha sido abusada pelo sobrinho, e que a menina vem sofrendo bullying na escola o que poderia ter desencadeado a crise.

Mas, durante seu depoimento a uma psicóloga na delegacia, a menina confirmou os abusos, dizendo que o primo abusava dela passando as mãos em suas partes íntimas. Na época, o menino tinha 15 anos, e a vítima teria sido estuprada até os 8 anos.

A denúncia

Polícia Militar foi acionada para ir até a escola e uma policial feminina da equipe da 10ª CIPM (Companhia Independente da Polícia Militar) conversou com a aluna. Ela contou que, desde os 3 até os 8 anos de idade, sofreu abusos por parte do primo, que na época tinha aproximadamente 15 anos. A menina disse que chegou a contar para a mãe sobre os fatos, quando tinha 7 anos, mas que ela não acreditou na história.

A mãe só foi acreditar quando a tia da vítima conversou com ela. Os abusos teriam parado quando a menina tinha 8 anos, mas ela se sente constrangida e atormentada pelo que aconteceu. Foi na escola que a criança pediu ajuda. A mãe da menina foi chamada para ir até a escola e disse que sabia do ocorrido, que já tinha conversado com a filha. Ela ainda questionou se precisava ir até a delegacia, sendo advertida que sim.