Promotora apresenta denúncia contra suspeito de matar jornalista na fronteira

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A promotora Alicia Sapriza, do Ministério Público do Paraguai, apresentou na última quinta-feira (29), a denúncia de associação criminosa e homicídio doloso contra Waldemar Pereira Rivas, suspeito de matar o jornalista Léo Veras, que atuava na fronteira de Mato Grosso do Sul.

O assassinato de Léo Veras aconteceu no dia 12 de fevereiro do ano passado, onde o jornalista foi alvejado com 12 tiros enquanto estava na sala de casa com a família, na cidade de Pedro Juan Caballero.

A mulher da vítima, Cintia Gonzáles, foi chamada para depor pela primeira vez desde o início da investigação. “Estou decepcionada e indignada com a demora da justiça. Somente depois de 1 ano e 2 meses fui chamada para depor”, disse ao programa Tim Lopes.

No depoimento, Cintia foi classificada como testemunha ocular do homicídio e explicou detalhes sobre a noite em que Veras foi assassinado. Na versão da mulher, foram dois suspeitos: um alto e magro e outro de estatura média.

Contudo, o suspeito que recebeu a denúncia da promotora não entra nas características descritas pela viúva. Waldemar Rivas é baixo, gordo e manca de uma perna. “A descrição que eu dei não tem nada a ver com o Cachorrão”, apelido do suspeito.

Mesmo com a apresentação da denúncia por parte da promotora Alicia Sapriza, a investigação do crime ainda é tido como um mistério e segue sem resposta. “Fiquei alguns meses com proteção policial, mas agora não tenho mais. Só quero que a justiça seja feita”, disse Cintia à Abraji ao sentir medo de represálias.