Quase metade dos domicílios de Mato Grosso do Sul não tem acesso a esgoto

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Em Mato Grosso do Sul, apenas 57,3% dos domicílios tinham acesso ao esgotamento sanitário por rede geral ou fossa ligada à rede no ano de 2022, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua), divulgada nesta sexta-feira (16) pelo Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE).

No ano passado, 980 mil domicílios particulares permanentes ocupados (DPPO) do estado possuíam banheiro de uso exclusivo, mas em apenas 57,3% deles o escoamento do esgoto era feito pela rede geral ou fossa séptica ligada à rede geral.

Nas áreas urbanas, todos os domicílios dispunham de banheiro de uso exclusivo, e 62,2% deles tinham acesso à rede geral de esgotos.

Por outro lado, entre os 91 mil em situação rural, apenas 7,7% o escoamento do esgoto era feito pela rede geral ou fossa séptica ligada à rede geral. Na maior parte dos domicílios rurais, o escoamento era feito por fossa séptica não ligada à rede geral (52,7%) ou outro tipo (39,5%).

Análise Nacional

No Brasil, 98,2% dos domicílios particulares permanentes ocupados possuíam banheiro de uso exclusivo, e, em 69,5%, o escoamento do esgoto era feito pela rede geral ou fossa séptica ligada à rede geral.

As Regiões Norte e Nordeste apresentaram as menores coberturas, com 31,1% e 50,1%, respectivamente; a Região Sudeste evidenciou a maior, com 89,1%; e as Regiões Sul e Centro-Oeste, por sua vez, alcançaram 69,8% e 61,2%, respectivamente.

Coleta de lixo

Em 91,4% dos domicílios de Mato Grosso do Sul, o lixo era coletado diretamente por serviços de limpeza. O número é maior do que o percentual observado em 2019 (87,8%). Entre 2016 e 2022, houve crescimento de 113 mil domicílios atendidos pela coleta direta do lixo. Além disso, em 2022, observa-se a coleta feita em caçamba de serviço de limpeza (1,3%), a queima do lixo na propriedade (5,7%) e outro destino (1,6%).

Análise nacional

Segundo o IBGE, o destino do lixo dos domicílios no Brasil é feito, principalmente, por meio de coleta direta por serviço de limpeza. Os dados da PNAD Contínua mostram que essa modalidade, além de ser a principal, vem aumentando gradativamente no país: de 82,7%, em 2016, para 84,3%, em 2019, alcançando 86,0%, em 2022.

Abastecimento de água

No estado, todos os 980 mil domicílios particulares permanentes ocupados estimados pela pesquisa possuíam acesso a água canalizada. Destes, 874 mil (89,1%) tinham acesso à rede geral de abastecimento de água.

Entre os 890 mil em situação urbana, 96,1% dispunham de acesso à rede geral de abastecimento de água. Entre os 91 mil em situação rural, o percentual foi de 20,1%.

A PNAD Contínua aponta que a maior parte dos domicílios rurais recorria a outras formas de abastecimento de água, como por poço profundo ou artesiano (65,9% dos domicílios); por fonte ou nascente (6,5%); e por poço raso, freático ou cacimba (5,5%).

Análise nacional

Dos 74,1 milhões de domicílios brasileiros estimados pela PNAD Contínua em 2022, 98,1% (72,7 milhões) possuíam água canalizada. Os domicílios com acesso à rede geral de abastecimento de água correspondiam a 88,0% (65,2 milhões) do total de unidades domiciliares do país.

Disponibilidade de energia elétrica

Em Mato Grosso do Sul, a disponibilidade de energia elétrica em tempo integral chega a 97,3% dos domicílios.

A cobertura de energia elétrica chegou a 100% dos DPPO, sendo que em 99,1% deles (972 mil) a energia elétrica vinha da rede geral e a sua disponibilidade era em tempo integral em 97,3% dos casos (954 mil).

A cobertura de energia elétrica era de 99,8% em áreas urbanas e de 98,9% nas áreas rurais de MS. Nas áreas rurais, o percentual de domicílios com energia elétrica proveniente de rede geral em tempo integral era maior (97,7%) do que o observado nas áreas urbanas (97,1%).

Análise nacional

Em todo o país, no ano passado a energia elétrica chegava a 99,8% dos domicílios brasileiros, uma cobertura praticamente universal, fosse pela rede geral ou por fonte alternativa.