Rayssa Leal, a Fadinha, faz história e é prata no skate street nas Olimpíadas

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Rayssa Leal, a "Fadinha", faz sinal positivo durante a competição — Foto: Patrick Smith/Getty Images

Rayssa Leal, a “Fadinha”, faz sinal positivo durante a competição — Foto: Patrick Smith/Getty Images

Maranhense de 13 anos faz grande prova, e é superada apenas por japonesa da mesma idade, Momiji Nishiya. Funa Nakayama completa o primeiro pódio olímpico do street feminino

– Eu estou muito feliz, porque pude representar todas as meninas, a Pamela e a Leticia, que não se classificaram, todas as meninas do skate e do Brasil. Poder realizar meu sonho de estar aqui e ganhar uma medalha é muito gratificante. Meu sonho e sonho dos meus pais – disse a jovem skatista.

Um show de simpatia e carisma: Rayssa Leal, de apenas 13 anos, dançou para relaxar e, na hora decisiva, mostrou personalidade para conquistar a medalha de prata no skate street dos Jogos Olímpicos de Tóquio. Ela se tornou a mais jovem brasileira a subir no pódio olímpico.

“Não caiu a ficha ainda. Poder representar o Brasil e ser uma das mais novas a ganhar uma medalha. Eu estou muito feliz, esse dia vai ser marcado na história”, disse a atleta, conhecida como Fadinha.

Sempre com um sorriso no rosto, Rayssa conta como encara o skate em sua vida. “Eu tento ao máximo me divertir porque eu tenho certeza de se divertindo as coisas fluem, deixa acontecer naturalmente, se divertindo”, destacou.

Logo após ganhar a medalha, Rayssa destacou a importância de seu resultado para o futuro da modalidade, que apareceu pela primeira vez no programa dos Jogos Olímpicos. Ele agradeceu o apoio de muitos fãs do skate.

“Saber que muitas meninas já me mandaram mensagem no Instagram falando que começaram a andar de skate ou os pais deixaram andar de skate por causa de um vídeo meu, eu fico muito feliz porque foi a mesma coisa comigo. Minha história e a história de muitas outras skatistas que quebraram todo esse preconceito, toda essa barreira de que o skate era só para menino, para homem, e saber que estou aqui e posso segurar uma medalha olímpica, é muito importante para mim”, comentou.

(Foto: LIONEL BONAVENTURE / AFP)

(Foto: LIONEL BONAVENTURE / AFP)

O ouro ficou com a japonesa Momiji Nishiya, também de 13 anos, cinco meses mais velha que Rayssa. A skatista somou 15,26 na final, à frente dos 14,64 da brasileira. A também japonesa Funa Nakayama completou a dobradinha da casa no pódio, com 14,49.

O caminho até a prata

Rayssa começou a final com uma bela primeira volta: emplacou crooked, backside smith, boardslide backside, frontside feeble, e só errou na última manobra, a mais difícil da sua série. Recebeu um 2,94, a terceira maior nota de início, atrás da holandesa Roos Zwetsloot e da japonesa Momiji Nishiya.

Rayssa Leal faz ótimas manobras, cai no fim e recebe 2.94 pontos