SALVE O DIA DA CAVALARIA

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10 de maio – Dia da Cavalaria

O surgimento da guerra como choque de vontades determinou aos homens incansável busca por lutar com superioridade. Os guerreiros de outrora perceberam, enfim, a importância da situação em que se devia combater: criaram-se plataformas móveis e foram feitas associações aos animais de maior porte, obtendo-se, desse modo, decisiva vantagem em mobilidade e poder de choque. Tal avanço, em sânscrito, foi denominado “akva”, origem da palavra “cavalaria”.

O caballus, palavra do latim, foi o animal que melhor encarnou essa forma de combater. Inicialmente empregado em carros de guerra ou bigas no Egito, Suméria e Roma, somente com sua montaria – em simbiose única na Natureza – gerou-se o mais formidável conjunto da História, sob o comando do Cavaleiro, monarca dos horizontes largos e desconhecidos.

A velocidade dos corcéis transformou a percepção humana do tempo e do espaço, expandiu consciências e, sob a égide equestre, uma plêiade de chefes militares fez impérios florescerem e ruírem: Alexandre Magno, Aníbal, Júlio César, Átila, Gengis Khan, Carlos Magno, Frederico II e Napoleão. Frederico II e Napoleão, de modo especial, empregaram magistralmente a Cavalaria, modulando suas missões clássicas de “reconhecer, cobrir, retardar, envolver e perseguir” consolidando-a, assim, como a Arma da Decisão.

No Brasil, as origens da Cavalaria ligam-se à organização do Regimento de Dragões Auxiliares, em Pernambuco, ao término da resistência contra os holandeses em Pernambuco, em meados do século XVII. Após a Independência, a Cavalaria Imperial produziu líderes de indiscutível valor, sintetizados na figura genial e eletrizante do digno patrono da Arma: Marechal Manuel Luis Osorio – Marquês do Herval.

O “Legendário” nasceu no seio de humilde família, a 10 de maio de 1808, na Vila de Nossa Senhora da Conceição do Arroio, Província do Rio Grande. Esse local – no atual município de Tramandaí (RS) – é hoje preservado como Parque Histórico, guardando, também, os despojos do Marechal. Osorio assentou praça na Cavalaria da Legião de São Paulo, aos quinze anos incompletos e teve seu batismo de fogo a 13 de maio de 1823, nos embates de consolidação da Independência.

Ainda alferes, durante a Guerra Cisplatina (1825-28), rompeu, de forma espetacular e audaz, o cerco inimigo em Sarandi (1825). Na Guerra contra Oribe e Rosas (1851-52), à frente do 2º Regimento de Cavalaria Ligeira, desempenhou importante papel em Monte Caseros (1852), sendo promovido a coronel por merecimento.

Intitulado “A Lança do Império”, consagrou-se na Guerra da Tríplice Aliança (1865-70), inicialmente como Comandante em Chefe das Forças de Terra, comandando o III Corpo de Exército e o I Exército na fase final. Sobressaiu-se, particularmente, nas batalhas de Passo da Pátria (1866) – sendo o primeiro soldado em solo paraguaio – e Tuiuti (1866) – maior embate campal da América do Sul. Também combateu em Humaitá e Avaí (1868) – quando, atingido no rosto, envolve-se em um poncho e percorre as linhas a galope, bradando: “Carreguem, camaradas! Acabem com este resto!”.

Herói, à frente de heróicos cavalarianos como Menna Barreto e Andrade Neves! Liderança incomum que magnetizava os soldados, mesmo argentinos e uruguaios. Modéstia e generosidade que cativava a todos, multiplicando sua bravura pelos campos onde se fazia presente. Em tempo de paz, Osorio desempenhou, ainda, profícua carreira política como Senador e Ministro da Guerra, vindo a falecer em pleno exercício desta função, no Rio de Janeiro, em 4 de outubro de 1879, aos setenta e um anos.

Tão grandiosos feitos militares, políticos e exemplos de conduta afirmam-no como modelo de soldado, líder, cavalariano e cidadão, alçando-o ao domínio da lenda, não obstante seu sincero desprendimento.

A inexorável evolução bélica, com os adventos da metralhadora (1893) e do carro blindado (1916), substituiu o cavalo por este como meio de combate. Desde a Segunda Guerra Mundial (1939-45) até as atuais guerras de movimento, não lineares, os blindados, síntese da ação de choque – proporcionada pela mobilidade, proteção e potência de fogo – reafirmam-se como senhores absolutos dos campos de batalha modernos.

A Cavalaria Brasileira – quer Hipomóvel, Mecanizada ou Blindada – inspirada pelo natalício do seu Patrono, o insigne Osorio, renova hoje o compromisso com o passado de glórias e o futuro de desafios, impelida pelo mesmo espírito cavaleiro do “Bravo dos Bravos”, com tudo o que ele compreende de decisão, lealdade e nobreza de atitudes.

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17º Regimento de Cavalaria Mecanizado – Soldados do “17 de cavalaria” recebem a boina preta

MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
17° REGIMENTO DE CAVALARIA MECANIZADO
(9° Regimento de Cavalaria Ligeira/1888)
 NOTA PARA IMPRENSA/Nº 04/Seção de Comunicação Social do 17º RC Mec
 AMAMBAI, MS, 06 de maio de 2022.
17º Regimento de Cavalaria Mecanizado – Soldados do “17 de cavalaria” recebem a
boina preta
Amambai (MS) – No dia 06 de maio, o 17º Regimento de Cavalaria Mecanizado realizou a solenidade de
entrega da boina preta aos soldados do efetivo variável incorporados no corrente ano.
A solenidade, que foi tomada de emoção, contou com a presença do Vice-prefeito de Amambai,
Rodrigo Selhorst e dos familiares dos soldados, os quais puderam entregar a boina preta pessoalmente
aos novos discípulos de Osório.
Símbolo da harmonia entre o homem e a máquina, a boina preta representa uma tradição de mais
de um século e identifica o soldado que, sempre ao lado da tecnologia, supera os desafios com coragem e
determinação.
A entrega da boina preta nas Unidades blindadas e mecanizadas é realizada durante solenidade
militar de grande significado para os jovens recrutas. Essa cerimônia ocorre, normalmente, ao final da
primeira fase do ano de instrução, após o soldado do efetivo variável haver superado árduas semanas de
instrução e de exercícios no campo. Ela é o reconhecimento à dedicação, ao entusiasmo e à vibração dos
soldados, demonstradas ao superarem as dificuldades das instruções, o cansaço, a fadiga, a chuva e o frio,
afirmando possuírem a força de vontade, a rusticidade e o preparo físico, atributos necessários para serem
verdadeiros Soldados Mecanizados.
Fotos: Com Soc 17º RC Mec
ALEXANDRE SANTOS BEZERRA – Coronel
Comandante do 17º Regimento de Cavalaria Mecanizado
Seção de Comunicação Social do 17º Regimento de Cavalaria Mecanizado
Avenida General Osório, S/N – Panduí – Amambai – MS
Telefone: (67) 3481-8135
E-mail: [email protected]

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