Vereador preso após dar surra em noiva tem detenção convertida em preventiva

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A Justiça converteu hoje (5) em preventiva a prisão do vereador Diogo Silveira Castilho (DEM),  de 36 anos, detido em flagrante na noite desse sábado (4) após ser acusado de xingar, agredir e ameaçar a própria companheira.

Segundo o Dourados News, o parlamentar teve a decisão  homologada pela 8ª Promotoria de Justiça de Dourados, acatando pedido do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) e da Polícia Civil.

Assim, Diogo pode ser levado a qualquer momento para PED (Penitenciária Estadual de Dourados) onde vai aguardar pela audiência de custódia que deve acontecer na próxima quinta-feira (8), dia útil.

O advogado de defesa do vereador, Renan Pompeu, disse que vai tentar recorrer à decisão da Justiça.  Já o MPMS menciona a “gravidade dos fatos praticados” para justificar o pedido de conversão da prisão em flagrante para preventiva.

O caso

Conforme boletim de ocorrência a Polícia Militar foi acionada para verificar possível caso de violência em residência localizada no bairro Parque Alvorada, em Dourados, por volta das 22h30 de sábado (4).

Diogo teria passado o dia ingerindo bebida alcoólica juntamente com a esposa. Eles estavam acompanhados por amigos em outro local. O casal começou a discutir após retornarem para casa onde teriam iniciado uma discussão motivada, segundo depoimentos, por ciúmes.

Além de ofensas verbais, ele é acusado de segurar a vítima pelo braço, jogá-la na cama e tentado asfixia-la utilizando as mãos. A esposa de Diogo relatou ainda que ele teria feito ameças contra a vida dela e de familiares.

O caso registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) como violência doméstica está sendo investigado pela Polícia Civil.

Vereador de MS que agrediu e ameaçou matar noiva vai continuar preso, decide juíza

Neste domingo (5), foi decretada a prisão preventiva do vereador Diogo Castilho (DEM), de Dourados, município distante 225 quilômetros de Campo Grande. Ele está preso desde a noite de sábado (4), por violência doméstica, após ter agredido e ameaçado a noiva.

A decisão é da juíza Rosângela Alves de Lima Fávero, que estava no plantão da 2ª Região, de Dourados. Conforme a magistrada, está presente a materialidade do crime nos autos de prisão e também nos depoimentos colhidos. A autoria também está presente nos depoimentos e ainda na fala da vítima.

Há 1 ano e 5 meses em relacionamento com o vereador, a mulher contou que já tinha sido agredida física e verbalmente pelo acusado outras vezes. A briga no sábado, ainda conforme a mulher, teria ocorrido após negativa de manter relação sexual com Diogo, que então teria jogado a noiva na cama e a agredido, a xingando.

Também conforme a magistrada, não há nos autos indicativo de que o vereador tenha outra residência para morar, além da que vive com a vítima. Uma vez que ele não poderá voltar a viver com ela, resta necessária conversão da prisão em preventiva. Foi reconhecida ainda necessidade de garantia da ordem pública, uma vez que a vítima alegou já ter sido agredida em outras oportunidades.

Ou seja, acabou demonstrado que a noiva vivia um relacionamento abusivo e isso aponta que, em liberdade, o vereador pode voltar a procurar a mulher e muito possivelmente prosseguir no comportamento de violência, podendo até resultar em crimes de maior gravidade. Para a juíza, também não parece adequada conversão do flagrante em medidas cautelares.

Assim, foi homologado o auto de prisão em flagrante e convertido em prisão preventiva.

Entenda o caso

De acordo com a Polícia Militar, o casal teve uma discussão, quando Diogo segurou a mulher pelos braços e a jogou na cama, a xingando. Ele começou a chacoalhar a vítima e ainda tentou esganar a mulher com as mãos e também asfixiar com um travesseiro. A noiva, então, teria dito que denunciaria o suspeito.

Com isso, o vereador então ameaçou “Se você me denunciar eu te mato”, “Você vai acabar com minha carreira política se fizer isso, eu mato você e toda a sua família”, conforme relato da vítima. Ele foi detido em flagrante e a mulher solicitou medida protetiva de urgência. Segundo a polícia, o estado físico e emocional da vítima comprovavam a violência.

O filho do vereador estava na casa no momento das agressões, mas segundo a vítima não presenciou o fato. O pai teria dito para ele atender a porta quando os policiais militares chegaram e dizer que “estava tudo bem”, que tinha acontecido apenas uma briga de casal.

Diogo passou a noite na delegacia e segue detido. O advogado de defesa Renan Pompeu relatou ao Midiamax que deve entrar com o pedido de substituição da prisão por medidas cautelares. Conforme o advogado, o vereador tem um filho de 12 anos e é o único responsável pelo menor, por isso será feito pedido para que ele deixe a delegacia.

O vereador não tem outras passagens segundo a defesa e também não teria histórico de violência. Conforme o advogado Renan, o cliente nega com veemência os fatos. O caso foi registrado como ameaça, injúria e vias de fato, qualificados por violência doméstica.