Vítima de Covid-19 que denunciou estupro em hospital viveu momentos de pânico

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O TopMídiaNews teve acesso ao relato da paciente de 36 anos, internada com covid-19, que teria sido estuprada por um profissional de saúde na madrugada desta quinta-feira (4), no HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), em Campo Grande.

Ela, que terá a identidade preservada, revelou que, na noite anterior ao abuso, teve piora no quadro clínico.

“Eu passei mal, entre 20h às 22h, problema de respiração, vomitando… Prestaram socorro, colocaram oxigênio, fiquei deitada na cama. Quando foi de madrugada, toda hora vinha o enfermeiro e ficava me apertando, passando a mão em mim”, começa a vítima no relato.

“Acordava e perguntava o que estava acontecendo, ele falava que eu estava rígida… Aí ele veio umas 3 horas da manhã com óleo de girassol, passou nos dedos e enfiou dentro de mim e ficou brigando, mandando eu abrir a perna e tentando colocar em mim os dedos dele, apertando minha virilha…”, continua.

“Ele estava acelerado e falava que isso podia dar problema pra ele… Ele ficava tentando, o termo é esse, ele tentou me masturbar… E eu falando pra ele parar, mas eu estava sem forças, mas até onde eu consegui, empurrei ele…”, revela.

Ainda no hospital

Nesta segunda-feira (8), conversamos com a mãe da vítima, de 56 anos. Ela contou que a filha ainda não teve alta e que está aguardando mais alguns exames para ser liberada.

À equipe de reportagem, ela destacou que a filha está bem do quadro da covid, mas que está com ansiedade e sequelas de tudo que ocorreu.

“Acho que só Deus e ela sabem o que ela passou”, revela. No dia do ocorrido, a mãe revela que estava angustiada e ligou para filha, por volta das 5h30.

“Senti que, além da saúde, tinha mais alguma coisa, aí insisti e ela relatou o estupro. Meu medo das pessoas não acreditarem”.

A mãe revela que a denúncia foi feita para evitar novos abusos. Além disso, ela esclareceu que vem recebendo o apoio do hospital.

“Dentro das condições possíveis, eles deram suporte, a única coisa que me incomoda é que toda vez que entro ou saio preciso ficar explicando que sou a mãe da vítima que foi estuprada”.

Como elas possuem o primeiro nome do profissional, ambas pretende buscar por justiça. “Não culpo o hospital, isso é a conduta do profissional… Vamos em busca da justiça para que outra família não venha passar isso, não é fácil fazer que a vitima fale”, finaliza.

O caso foi registrado e está sendo investigado pela Polícia Civil.

Outro lado

O Hospital Regional informou em nota que não se pronunciará sobre o caso de estupro envolvendo um profissional de saúde. “Reiteramos que todos os casos de supostas infrações nos diversos campos, administrativo e assistencial, o HRMS pauta-se nos ditames éticos e legais vigentes para tomada de providências”.

 

*Colaborou Willian Leite