Primeiro mês inteiro com intervenção na segurança do Rio tem mais roubos de veículo e menos atividade policial

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rimeiro mês inteiro com intervenção na segurança do Rio tem mais roubos de veículo e menos atividade policial

Homens do Exército patrulham o Aterro do Flamengo

Dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) referentes ao mês de março de 2018, o primeiro a ser palco por inteiro da intervenção federal na segurança pública do Rio, registrou aumento de 7,1% nos roubos de veículo — foram 5.358 crimes do gênero no estado no período analisado, média de um a cada oito minutos, contra 5.002 ao longo dos mesmos 31 dias do ano passado. O decreto instaurando a intervenção em território fluminense foi assinado em 16 de fevereiro pelo presidente Michel Temer (MDB).

O balanço divulgado nesta terça-feira pelo ISP também aponta para uma queda nos principais índices de atividade policial. As apreensões de armas, por exemplo, caíram de 769, em março de 2017, para 680 no mês passado (redução de 11,6%). O mesmo ocorreu com as prisões em flagrante ou por cumprimento de mandado, que diminuíram de 4.347 para 4.043 (oscilação de 7%). As apreensões de adolescentes infratores pelos mesmos motivos despencaram ainda mais: 24%. Foram 642 em março último, contra 845 no mesmo mês de 2017.

Já o número de apreensões de drogas apresentou ligeiro aumento, de 2,2%, indo de 1.706 para 1.744 ocorrências. O total de veículos roubados recuperados pelas forças de segurança também registrou crescimento: foram 3.450 automóveis retomados das mãos de bandidos em março de 2018, 17,7% mais do que os 2.932 no terceiro mês do ano passado.

A análise dos homicídios dolosos, quando há intenção de matar, indica uma subida muito discreta, de 1%, indo de 498 para 503 ocorrências. Os autos de resistência, por outro lado, diminuíram 11,4% (foram 123, em março de 2017, contra 109 no balanço mais recente). A queda ocorreu mesmo com as 13 mortes em confronto com a polícia registradas só na área da 11ª DP (Rocinha), onde fica a comunidade de mesmo nome, palco de constantes operações no período em questão. Em março do ano passado, a mesma região não havia computado nenhum homicídio decorrente de intervenção policial.

Boa parte dos principais índices de criminalidade, porém, tem a análise prejudicada por conta da greve que atingiu a Polícia Civil nos primeiros meses de 2017, causando uma grande subnotificação. Ainda assim, os 11.232 roubos de rua ocorridos em março deste ano configuram, por exemplo, um aumento 14,5% diante dos 9.812 casos computados no mesmo mês de 2016. Os roubos de rua representam a soma dos roubos a pedestre, de celular e em ônibus.

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