Alvo do Gaeco, delegado é afastado e nega ser investigado em operação

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Alvo da segunda fase da Operação Codicida, o delegado Rodrigo Blonkowski foi afastado de suas funções na 2ª Delegacia de Polícia Civil de Ponta Porã, conforme informações contidas na edição desta quarta-feira (6/7) do Diário Oficial do Estado.

Na manhã de terça, ele acabou preso com munições irregulares na casa onde reside, durante cumprimento de mandados de busca e apreensão feito por policiais do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado).

Apesar da ação, ele nega que seja investigado, aponta para uma possível ‘perseguição’ do MPE (Ministério Público Estadual) e diz ser inocente.

Conforme a publicação oficial, assinada pelo corregedor-Geral da Polícia Civil Clever José Fanta Esteves, o afastamento de Rodrigo está condicionado ao período de tramite do processo na 3ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.

A medida determina ainda “o recolhimento das armas, carteira funcional e demais pertences do patrimônio público destinados ao referido policial, além da suspensão de suas senhas e logins de acesso aos bancos de dados da instituição policial, suspensão de férias e avaliação para fins de promoção, caso tais medidas ainda não tenham sido adotadas”.

Blonkowski foi preso após os policiais encontrarem com ele munições sem nota fiscal, o que é questionado por ele.

Em nota encaminhada à imprensa, a defesa alega que após ser levado à delegacia e ter fiança arbitrada, recolheu o valor para responder pela acusação em liberdade “e se encontra à disposição da Justiça para qualquer esclarecimento”.

O delegado ainda cita que a operação em questão, possuí vícios “insanáveis, nulidades e abusos, perceptíveis a qualquer operador do Direito, o que será demonstrado no decorrer da instrução processual”, alegando ainda ser vítima de perseguição de integrantes do MPE (Ministério Público Estadual).

A fase inicial da Operação Codicida foi deflagrada no dia 25 de abril e cumpriu vários mandados contra policiais aposentados e da ativa na região de Ponta Porã. A suspeita é de crimes de corrupção.

As investigações começaram em maio do ano passado após descoberta do recebimento, por parte de agentes, de pagamento indevido para devolução de um caminhão apreendido na região, ao proprietário.