Após atirar 6 vezes, PM ainda tentou enforcar colega que morreu em hospital

0

Mesmo depois de ter atirado pelo menos seis vezes contra o colega de farda, o soldado da Polícia Militar Izaque Leon Neves, 33 anos, ainda tentou enforcar o cabo Jurandir Miranda, 47 anos, mas foi impedido por outro policial que passava pelo local no momento do crime.
O caso aconteceu por volta das 21h30 de ontem (24), na Rua Campo Grande, no Bairro Ovídio Costa Dois, em Aquidauana, distante 135 quilômetros da Capital. A vítima foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros ao Hospital Regional da cidade, mas não resistiu.
Conforme boletim de ocorrência, Izaque estava sentado em frente a sua lanchonete conhecida como Fênix, quando Jurandir se aproximou pilotando a motocicleta Yamaha/XTZ 125 branca, fez uma conversão na via e estacionou em frente ao estabelecimento. Izaque, então, se levantou da cadeira, sacou a pistola. 40 e disparou contra a vítima que ainda estava em cima da moto.

©DIVULGAÇÃO
Após ser atingido, Jurandir caiu na rua. Mesmo assim Izaque continuou atirando e, na sequência ainda tentou enforcar o colega, mas foi impedido por outro policial militar, Marcus Vinícius Cristaldo Barbosa, 25 anos, que passava pelo local. Marcus desarmou o autor e tentou detê-lo, mas Izaque conseguiu escapar e fugir. A vítima foi socorrida, mas morreu pouco depois de dar entrada na unidade de saúde.

Jurandir era lotado na Polícia Militar Ambiental (Foto: reprodução/Facebook)
No local onde ocorreu o crime foram localizadas seis cápsulas deflagradas de pistola calibre .40 (arma utilizada pelas forças policiais). Ainda de acordo com o registro policial, Jurandir mantinha relacionamento amoroso com a ex-mulher do autor. No entanto, Izaque não aceitava o fim do casamento e muito menos que ela se relacionasse com Jurandir.
Segundo informações apuradas pela Polícia Civil, os dois já haviam discutido por diversas vezes e um ameaçado o outro. Ambos chegaram a sofrer punições militares por causa da situação. Izaque ainda não foi preso. Procurada pela Polícia Civil, a capitã Cleide Maria disse, de acordo com boletim de ocorrência, que caso o soldado seja capturado pela PM será apresentado na corregedoria da corporação em Campo Grande, pois segundo ela, se trata de um crime de competência militar. O caso foi registrado como homicídio fútil e violência doméstica. As armas, tanto do suspeito quanto da vítima, não foram entregues na delegacia.