Após conquista do bicampeonato paralímpico, Silvânia se diz aliviada: ‘é só comemorar’

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Recordista mundial e agora bicampeã paralímpica no salto em distância (classe T11), Silvânia Costa, natural de Três Lagoas MS, disse estar aliviada com a conquista do ouro em Tóquio 2021. Ouro nos Jogos do Rio 2016 pela mesma prova, quando saltou 4,98m naquela ocasião, a atleta repetiu o feito em Tóquio ao saltar 5,00m em sua prova e conseguir o lugar mais alto do pódio.

A prata ficou com Asila Mirzayorova, do Uzbequistão, que saltou 4m91, enquanto a ucraniana Yuliia Pavlenko conquistou o bronze (4m86).

Depois de conquistar a medalha de ouro novamente, Silvânia se emocionou e fez um discurso em tom de alívio. Desde 2016, a atleta deu à luz ao pequeno João Guilherme, encarou a paralisação das competições por causa da pandemia e só conseguiu retornar aos treinos cinco meses antes dos Jogos de Tóquio. No entanto, tudo isso ficou para trás na noite da última quinta-feira (horário de Brasília).

“Foi tão difícil esse último ciclo. Que alegria de acordar e saber que sou bicampeã. Que felicidade saber que tudo deu certo, que conseguimos cumprir a nossa meta e o nosso objetivo. Nossa, que sensação gostosa. Hoje, eu consegui botar a cabeça no travesseiro e dormir tranquila. Agora, é só comemorar e se alegrar”, disse Silvânia.

A atleta fez questão de demonstrar toda a sua gratidão ao Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) pelo apoio que recebeu neste período. “Quero agradecer, em especial, o Comitê Paralímpico Brasileiro. Sempre me ajudou, estendeu a mão e me deu um suporte. O atleta não chega a nenhum lugar sozinho. O CPB permaneceu do meu lado, mesmo nos momentos mais difíceis. Mesmo distante, o CPB estava próximo de mim e me dando forças para continuar de cabeça erguida. Graças a Deus, a gente conseguiu chegar até aqui”, finalizou.

Histórico

Desde criança, Silvânia tem uma enfermidade chamada doença de Stargardt, por isso, sua visão regride paulatinamente. Seu encontro com esporte ocorreu aos 18 anos, como uma ferramenta de inserção social.

Além do recorde mundial e dos dois ouros em Jogos Paralímpicos, ela foi campeã nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto 2015 e no Mundial de Doha 2015.

Alana Maldonado derrota georgiana e conquista ouro no judô na Paralimpíada

A brasileira superou a georgiana Ina Kaldani na decisão

Alana Maldonado se tornou a primeira mulher brasileira a conquistar uma medalha de ouro no judô em Paralimpíadas, na categoria B1/B2 até 70kg. A brasileira superou a georgiana Ina Kaldani na decisão por ter aplicado um waza-ari ainda no começo da luta, que terminou sem outras pontuações.

O judô paralímpico é disputado por atletas com deficiência visual. Eles são divididos em três classificações: B1 (totalmente cegos), B2 (veem vultos) e B3 (veem imagens sem nitidez). Os atletas são posicionados pelos juízes já segurando o kimono do adversário no tatame.

Alana demonstrou grande emoção em entrevista ao SporTV após a conquista. “Não caiu a ficha ainda. Eu queria fazer história, conquistar o primeiro ouro paralímpico, assim como fiz no Mundial. Primeiro no Rio, em casa, depois campeã paralímpica na terra do judô, realizando meu sonho. Não tenho palavras para explicar”, disse a judoca.

Na estreia, Alana venceu a italiana Matilde Laurie com um ippon aplicado em apenas sete segundos de combate e avançou para a semifinal. Em seguida, cerca de uma hora mais tarde, triunfou também com facilidade sobre Raziye Ulucam, da Turquia, com ippon em um minuto e meio de luta. Na sequência, veio a luta e a vitória sobre Ina Kaldani.

Alana era considerada uma das esperanças de medalha do Brasil. Ela já havia sido a primeira judoca paralímpica brasileira campeã mundial, ao conquistar o título em 2018, e prata na Rio-2016. Alana treina no Palmeiras e conquistou a primeira medalha de ouro paralímpica da história do clube.

SEM MEDALHA
Pela primeira vez em sete Paralimpíadas, Antônio Tenório acabou sem medalha. Ouro em Atlanta, Sydney, Atenas e Pequim, prata no Rio e bronze em Londres, o brasileiro foi derrotado pelo uzbeque Sharif Khalilov. Na luta, Tenório conseguiu um waza-ari no começo, e o adversário empatou faltando apenas três segundos para que a luta acabasse. No golden score, Khalilov conseguiu um ippon.

Em outra disputa, Arthur Cavalcante sofreu ippon e foi derrotado pelo ucraniano Oleksandr Nazarenko na disputa pelo bronze da categoria até 90kg B1.

Foto Ilustrativa