Argentina se prepara para o primeiro turno das eleições presidenciais em meio a uma grave crise econômica

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Argentina se prepara para o primeiro turno das eleições presidenciais, que acontece no domingo (22), em meio a uma crise econômica grave. O cenário é de indefinição.

Sobrevivendo“: o cartaz no carrinho de Alberto Castilho e a bandeira desbotada representam os 40% de pobres na população argentina. Ele diz que já vivei crises parecidas, mas a diferença é que agora as pessoas têm fome.

Neste domingo (22), 35 milhões de argentinos vão às urnas em um clima de incerteza e frustração. Para vencer as eleições no primeiro turno, é preciso alcançar 45% dos votos ou 40%, desde que haja uma diferença de pelo menos dez pontos para o segundo colocado. Três candidatos lideram as chances de ir ao segundo turno.

O futuro presidente tem pela frente uma crise econômica que, segundo analistas, deixa a Argentina agora à beira do colapso. A inflação disparou e chegou a quase 140% em 12 meses.

Enquanto Sergio Massa e Patrícia Bullrich representam os governos que administraram o país nos últimos anos, quando a situação se agravou, Javier Milei, o outro favorito, propõe uma solução que também não deu certo nos anos 1990, que foi dolarizar a economia.

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O economista de ultradireita Javier Milei, que até três anos atrás era desconhecido da maioria dos eleitores, promete ainda acabar com o Banco Central e proibir o aborto. Ele já disse que não vai negociar com a China, maior parceiro comercial da Argentina, nem com o governo do presidente Lula.

Patrícia Bullrich, que é do partido do ex-presidente Maurício Macri, fala em colocar em ordem as contas públicas e enfrentar a falta de segurança pública. O peronista Sergio Massa, que é ministro de Economia, já afirmou que fará um governo totalmente diferente do atual presidente, Alberto Fernández.

Marcos Novaro, professor da Universidade de Buenos Aires, acredita que o está em jogo é saber se vai haver uma saída política de estabilização e também as reformas econômicas necessárias.

Duas amigas resumem o que esperam do resultado nas urnas: “Um futuro melhor para a Argentina“.

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