Aviões da FAB estão de prontidão para retirar brasileiros da Ucrânia

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A Força Aérea Brasileira (FAB) colocou à disposição dois aviões multimissões, para possível transporte de brasileiros que deixarão a Ucrânia. A informação foi confirmada na manhã deste sábado (26), pela própria FAB.

“As aeronaves são do mesmo modelo utilizado em outras missões humanitárias internacionais: o transporte de donativos para as vítimas da explosão em Beirute, capital do Líbano, em 2020; e o apoio emergencial à tragédia causada pelo terremoto ocorrido em agosto de 2021 no Haiti”, diz publicação na conta da FAB no Twitter.

Conforme a Agencia Brasil, nem a FAB ou o Itamaraty divulgaram detalhes sobre onde, quando ou como será feita a retirada dos brasileiros.

A Embaixada do Brasil na Ucrânia, informou nesta sexta-feira, que deverá enviar um trem para o transporte de cidadãos brasileiros e latino-americanos. O comboio deveria partir da capital Kiev com destino à cidade de Chernivtsi, a oeste do país, ainda na noite de sexta-feira.

Em nota, a embaixada alertou que a “situação de segurança e de disponibilidade de transporte na cidade é instável e sujeita a mudanças repentinas, de modo que não é possível garantir a partida ou lugares suficientes. Prioridade deverá ser dada a mulheres, crianças e idosos”.

Guerra de Putin: Governo da Ucrânia afirma que ainda detém controle de Kiev, mas russos intensificam ataques e explodem depósito de petróleo

Depósito de petróleo em chamas, em Vasylkiv, nos arredores ao sul de Kiev, após ataque das forças russas

Depósito de petróleo em chamas, em Vasylkiv, nos arredores ao sul de Kiev, após ataque das forças russas Foto: MAKSIM LEVIN / REUTERS
O Globo, com New York Times

KIEV – O governo ucraniano afirma permanecer no controle da capital, Kiev, quando a invasão russa entrou em seu quarto dia. O comunicado foi divulgado às 6h deste domingo, pelo Estado-Maior das Forças Armadas do país. “Os ocupantes russos estão usando ativamente grupos de sabotagem e reconhecimento, que estão destruindo a infraestrutura civil e matando civis nas grandes cidades”, disse o comunicado.

Apesar da resistência, Kiev continua sob intenso ataque militar. Forças russas explodiram um depósito de petróleo na cidade de Vasylkiv, nos arredores ao sul de Kiev. Nataliia Balasynovych, prefeita de Vasylkiv, postou no Facebook que tropas russas lançaram mísseis balísticos, seguidos de bombardeios.

A cidade fica perto de uma base aérea militar que tem sido palco de intensos combates. Oleksyi Kuleba, uma autoridade regional, escreveu no Facebook que o incêndio no depósito de petróleo representava uma ameaça de desastre ambiental e que os esforços para extingui-lo foram paralisados por combates contínuos. O governo da cidade de Kiev alertou os moradores para fecharem as janelas para reduzir o risco de respirar a fumaça nociva do incêndio.

Os ucranianos acusaram os russos de violar o direito humanitário, dizendo que um ataque a um depósito de petróleo em Vasilkov, nos arredores da cidade de Kiev, e a destruição de um gasoduto em Kharkiv foram ataques diretos à infraestrutura civil.

E em sua primeira aparição pública desde a sexta-feira, o presidente Vladimir Putin referiu-se à invasão da Ucrânia pela Rússia como uma “operação especial para prestar assistência às repúblicas populares do Donbass”.

Civis ucranianos produzem coquetéis-molotovs em subsolo de um prédio Foto:
Civis ucranianos produzem coquetéis-molotovs em subsolo de um prédio Foto: Foto: Yan Boechat

Principal alvo da estratégia de guerra de Putin, em Kiev quase não se vê soldados nem equipamentos militares. O destaque na defesa da capital da Ucrânia são os civis, que se armaram e estão, pelo menos atrasando o avanço do exército russo.

Mais armas

O primeiro-ministro da Austrália, Scott Morrison, disse no domingo que seu país fornecerá armas letais ao governo ucraniano, enquanto tenta conter o avanço russo.

Morrison disse que a ajuda, que será entregue através da Otan, complementaria equipamentos e suprimentos não letais que a Austrália já havia se comprometido a enviar. O primeiro-ministro também disse que priorizará os vistos para pessoas que fogem da Ucrânia, mas não disse quantos serão concedidos.