Bombeiros, Defesa Civil e Agesul estão mobilizados para recuperar estragos em Ponta Porã

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Com volume de chuva 80% acima do esperado para todo o mês de fevereiro, Ponta Porã sofre com estragos desde quarta-feira (15) como queda de árvores, destruição de asfalto e residências, além de alagamentos e carro arrastado.

Para colaborar com os trabalhos de recuperação dos estragos causados pela chuva, o governador Eduardo Riedel ofereceu apoio, disponibilizando a estrutura da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) .

De acordo com a da Defesa Civil do Estadual foram 289 milímetros de chuva até a manhã desta sexta-feira (17), enquanto que o esperado para o mês inteiro de fevereiro era de 160 milímetros, segundo o Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais).

E por determinação do prefeito Eduardo Campos, a Secretaria Municipal de Obras também saiu às ruas na manhã desta sexta-feira (17) para iniciar os trabalhos de emergências de recuperação dos estragos.

Estragos

Equipes do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil trabalham juntas para reparar todos os danos causados pela forte tempestade em Ponta Porã. Em um vídeo, é possível reparar a quantidade de chuva que atingiu o município e o trabalho realizado pelos órgãos para resgatar as famílias.

Vários pontos da cidade foram prejudicados pela tempestade, como a Rua México, na altura da ponte sobre o córrego São João Mirim, no Bairro Estoril, que está interditada para avaliação técnica e reparos dos estragos.

Por conta dos danos ao pavimento e por medida de segurança, o trânsito na Rua Cajamanga, na altura do córrego São João Mirim, está liberado apenas em meia pista. Um carro foi encontrado à beira do córrego e estava parcialmente destruído.

Previsão do tempo

O Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima) indica que uma frente fria avança na região Centro-Oeste. A causa disso é o resultado de uma curvatura nos fortes ventos. A situação atinge os municípios do extremo sudoeste e sul do Estado. A instituição prevê que no sábado (18) terá a frente fria mais intensa de 2023.

Já no domingo (19) ocorre o retorno de umidade para o Estado, deixando o tempo instável com chuvas em praticamente todas as regiões. De forma geral, as temperaturas ficam mais amenas, devido à atuação da massa de ar pós-frontal.

Com 40 desabrigados, Ponta Porã ainda calcula prejuízos após temporal


Várias ruas foram totalmente destruídas na cidade (Foto: Divulgação Prefeitura de Ponta Porã)

Um dia depois de decretar situação de emergência em razão do temporal que atingiu a cidade na última quinta-feira (16), a prefeitura de Ponta Porã, distante a 346 quilômetros de Campo Grande, ainda estima os prejuízos causados pela tempestade, que desabrigou 40 famílias.

De acordo com os dados da meteorologia, em menos de 24 horas a cidade registrou 236 milímetros de chuva, o volume esperado para todo o mês. As chuvas tiveram início ainda na quarta (15), mas se intensificaram no dia seguinte.

Prefeito de Ponta Porã, Eduardo Campos (PSDB) disse ao Jornal Midiamax que as 40 famílias desabrigadas por conta das chuvas estão alojadas em uma escola do município. Segundo Campos, entre os desabrigados, alguns perderam tudo que tinham e outros foram retirados das áreas em razão da situação de risco.

Os levantamentos que irão indicar o montante do prejuízo financeiro ainda estão sendo feitos e devem ser finalizados ainda neste sábado (18).

“Não choveu de ontem para cá e isso é um bom alento, por poderemos seguir nos trabalhos. As famílias desabrigadas já estão sob nossos cuidados em uma escola. Iniciamos os reparos ontem mesmo, várias ruas e pontes interditadas”, disse o prefeito ao Midiamax.

Depois de publicar o decreto de situação de emergência nesta sexta (17), a prefeitura encaminhou pedido de recursos ao Governo do Estado e Federal.
“Agora é seguir reconstruindo a cidade. A população atendeu nosso chamado e está nos ajudando fazendo doações aos que perderam seus bens”, completou Eduardo Campos.

Temporal alagou casas, arrastou carros e destruiu ruas
A intensidade da chuva alagou dezenas de casas na cidade. Equipes do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil fizeram os primeiros atendimentos, ainda na noite de quinta-feira.

Na sexta foi possível notar o tamanho do estrago na ponte sobre o córrego São João Mirim, no Bairro Estoril. Com o solo encharcado, parte da terra e do asfalto cederam, deixando à mostra a base de concreto da passarela.
A Rua México, onde fica a ponte, foi interditada pela Prefeitura e moradores foram orientados a buscar rotas alternativas.