Câmera mostra desentendimento entre policial e homem assassinado em sala de cinema; veja vídeo

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Câmera mostra desentendimento entre policial e homem assassinado em sala de cinema; veja vídeo


 

 

As imagens das câmeras de segurança da sala 1, no cinema do Shopping Avenida Center, registraram o momento em que o bioquímico Júlio César Cerveira Filho, 43, se desentendeu com o policial militar da guarnição Ambiental Dijavan Batista dos Santos, 37, e um dos filhos adolescentes do agente.

Conforme os registros, duas pessoas ao lado de Júlio se levantam e trocam de lugar, deixando uma poltrona vaga entre eles e o bioquímico. Neste momento Cerveira se levanta e encara um dos rapazes. Ele volta a se sentar e se levanta novamente segurando o ocupante da poltrona pela camiseta.

As imagens mostram movimentos do braço direito enquanto a mão esquerda segurava o corpo do então agredido. Segundo o boletim de ocorrência, Júlio teria desferido socos no policial militar após desentendimento por lugar na sala de exibição.

Na confusão, outros espectadores se atentam para a briga. Júlio volta a se sentar, mas em seguida levanta em saída do cinema. É possível ver que uma outra pessoa vai atrás dele, seria a filha.

O boletim de ocorrência afirma que enquanto saía, Júlio desferiu um tapa no rosto de um dos filhos do PM, o que provocou novo enfrentamento entre eles. Dijavan teria ido atrás do bioquímico e se apresentado como policial sacando o revólver, o que não intimidou a vítima.

Eles teriam entrado em luta corporal, e conforme relato da defesa do PM, acabou ocorrendo o disparo. Os advogados afirmam ter sido tiro acidental.

Nas imagens cedidas ao Dourados News é possível ver o desespero das pessoas na sala. Conforme noticiado, houve muita correria. A sessão estava lotada de crianças e adolescentes que assistiam o mais recente lançamento da Marvel. Testemunhas relataram à reportagem sensação de terror.

Bioquímico morto por PM em sala de cinema era neto de ex-prefeito

Julio Cesar Cerveira Filho, 43, assistia ao filme ‘Homem Aranha – Longe de Casa’ com a mulher e a filha adolescente


Julio Cesar Cerveira Filho foi morto na frente da mulher e da filha (Foto: Reprodução/Facebook)

O bioquímico Julio Cesar Cerveira Filho, 43, assassinado a tiro dentro da sala 1 do cinema do Shopping Avenida Center na tarde desta segunda-feira (8), era neto do ex-prefeito José Cerveira, que administrou a cidade de Dourados em 1982 e 1983, após o então prefeito José Elias Moreira renunciar ao mandato para concorrer ao governo de Mato Grosso do Sul.

Ele era filho de Julio Cesar Cerveira, um dos mais novos herdeiros do ex-prefeito. O tio de Julio Filho, Mário Julio Cerveira, é o atual diretor-presidente do Procon de Dourados.

De acordo com informações que ainda estão sendo apuradas pela polícia, Julio Cerveira Filho estava no cinema para assistir ao filme Homem Aranha – Longe de Casa, acompanhado da esposa e da filha adolescente.

Durante a exibição, ele teria discutido com um dos filhos do cabo da Polícia Militar Dijavan Batista dos Santos, 37, atualmente lotado na PMA (Polícia Militar Ambiental).

O motivo seria o assento escolhido pelo garoto no momento em que comprou o ingresso e estaria ocupado pelo bioquímico. Após uma breve discussão, Julio, a mulher e a filha teriam ido para a fileira de trás, mas a discussão teria continuado.

Há versões conflitantes sobre o caso. Testemunhas afirmam que ele teria tentado agredir o garoto e o PM, que sacou a arma e disparou. O tiro o acertou no peito e saiu no pescoço. Julio morreu na hora.

Outra versão diz que após a discussão, o bioquímico deixou o local com a mulher e a filha, mas ao passar pelo policial houve novo bate-boca e o PM sacou a arma e o matou. Existe ainda uma terceira versão, envolvendo suposta briga por causa da filha do bioquímico e o filho do PM.

Uma equipe da PM passava pelo local no momento em que Dijavan Batista dos Santos deixava o shopping e o prendeu em flagrante. A sala estava lotada. Dezenas de adolescentes e adultos saíram correndo. Houve grande tumulto em todo o shopping.

O inquérito será conduzido pela 2ª Delegacia de Polícia Civil. O titular da DP, Marcelo Batistela Damaceno, disse ao Campo Grande News que até às 16h30 a ocorrência não tinha sido encaminhada para a delegacia pela Polícia Militar.

Como o preso ainda não foi levado para a 2ª DP, ele deve ser entregue na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), já que a delegacia responsável pela área onde ocorreu o crime tem expediente só até 17h30.