Com previsão de votação em plenário, bancada federal tem maioria contrária ao voto impresso

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Com expectativa de análise da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) do voto impresso no plenário da Câmara Federal, maioria da bancada federal de Mato Grosso do Sul já se posicionou contrária à mudança e deve votar contra. Até então, o assunto estava prestes a ser concluído, uma vez que a Comissão Especial criada sobre o assunto rejeitou a possibilidade por 23 a 11 votos.

Contudo, ao Portal da Câmara Federal, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP/AL), comentou na sexta-feira (7) que a proposta é polêmica e, por isso, é preciso que todos os deputados a analisem para uma definição. Ele já tinha dito que, pelo regimento interno, as comissões especiais têm caráter opinativo e não terminativo e, portanto, o relatório é apenas uma sugestão a ser analisada pelo plenário. Neste colegiado, foram 23 votos contrários e 11 favoráveis ao parecer.

Do PT de MS, o deputado Vander Loubet comenta que eventual mudança pode facilitar o voto de ‘cabresto’. “Hoje, quando o cidadão vota na urna eletrônica, só ele sabe em quem votou, ninguém pode contestá-lo ou questioná-lo. Com a mudança, seria fortalecida a prática de compra de votos”, disse Vander Loubet por meio de sua assessoria.

Fábio Trad (PSD/MS) comentou que há vários problemas que seguem sem qualquer tipo de ação por parte do governo federal e que, discutir voto impresso, é ‘absurdo’. ”Alimentos, gás, combustível, medicamentos, todos caríssimos, e uma inflação altíssima! E o que foi feito por este governo, por exemplo, nas áreas da educação, de saúde ou segurança pública? Nada! Ninguém está discutindo a fome! Está se discutindo se volta ou não o papel! E tudo por conta de uma suspeita não provada. Isso é um absurdo, é psicodélico, é esquisofrênico!”.

O deputado federal Luiz Ovando (PSL/MS) é o único, dentre os que responderam à reportagem neste sábado, a dizer que é favorável à impressão da escolha do eleitor. “Por que tanto medo do voto impresso? A cantilena é sempre a mesma, quebra do sigilo do voto, gasto excessivo na compra de urnas, segurança de garantir auditoria com recontagem, é inquestionável. Não se entende porque o tamanho do medo do voto impresso”.

A reportagem acionou os 8 deputados federais sobre o assunto, neste sábado (7). O espaço continua aberto para manifestação. Em julho, a bancada já tinha se posicionado sobre o assunto.