Com promessa de empresas fecharem em protesto nesta 2ª, aumenta manifestação na Duque de Caxias

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Com promessa de empresas fecharem em protesto nesta 2ª, aumenta manifestação na Duque de Caxias
Concentração no CMO neste domingo. (Foto Henrique Arakaki/Jornal Midiamax)

Manifestantes entram no sétimo dia de manifestações em Campo Grande, concentrados na Avenida Duque de Caxias, em frente ao CMO (Comando Militar do Oeste). Na comparação com o início da manhã, quando a equipe de reportagem esteve no local, o fluxo de pessoas,  e, consequentemente, de congestionamento, cresceu no local.

As duas pistas em frente ao prédio militar estão com trânsito congestionado. Na via sentido bairro, as duas pistas estão tomadas por manifestantes, o que tem deixado difícil a passagem de veículos no local. Carros, motos, caminhonetes e caminhões estão estacionados até o final do canteiro para quem vai em direção ao centro da Capital.

O grupo pró-Bolsonaro protesta contra o resultado das eleições presidenciais do último domingo (30/10) que deram a vitória ao candidato Lula (PT). A previsão é que nesta segunda-feira (07), comerciantes de  do Sul fechem as portas em apoio às manifestações. Além de Campo Grande, outras capitais como São Paulo e Rio de Janeiro registraram atos em frente de prédios militares neste domingo.

Concentração de pessoas no CMO tem atraído vendedores ambulantes. (Foto: Henrique Arakaki/Jornal Midiamax)

A grande concentração de pessoas no local tem atraído vendedores ambulantes que aproveitam o público para faturar desde com espetinhos a camisetas da seleção brasileira de futebol.

Fernanda Senhorine, de 34 anos, montou com o marido uma barraca de espetinhos no local. Na segunda-feira, primeiro dia em que estiveram em frente ao CMO, trouxeram uma pequena churrasqueira, uma caixa térmica e poucos utensílios.

Neste domingo, já no sétimo dia, o casal montou uma barraca, trouxe uma churrasqueira com maior capacidade para assar espetos e colocou cerca de dez cadeiras para acomodar os clientes, o que demonstra o bom movimento.

“Nós temos um restaurante aqui perto em que vendemos refeições e a nossa clientela veio toda para cá”, relata Fernanda. O objetivo do casal é juntar dinheiro para investir no negócio que abriram no bairro Santo Antônio.

Camisetas do Brasil tem boa saída no local das manifestações. (Foto: Henrique Arakaki/Jornal Midiamax)

Ao longo da grande dos prédios militares na Duque de Caxias, manifestantes posicionaram cadeiras e aproveitam a sombra para permanecer no local vestidos com camisetas nas cores verde e amarela.

Tatiane Baez, de 21 anos, comprou estoque de blusas do Brasil para vender na Copa do Mundo, mas devido ao movimento em frente ao CMO aproveitou a oportunidade para começar a lucrar antes. Ela, o marido e o cunhado chegam a vender uma média entre 50 a 60 camisetas por dia.

“As bandeiras também tem boa saída, principalmente as pequenas para crianças”, afirma a mulher.

Os planos do casal também são investir em futuros negócios com o dinheiro que faturarem no local.

Manifestantes voltam a bases militares em Brasília, SP e RJ e pedem greve geral na segunda

Manifestantes sugerem paralisação geral de empresários a partir de segun
Manifestantes voltam a bases militares em Brasília, SP e RJ e pedem greve geral na segunda

Milhares de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) voltaram a ocupar as ruas em Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro e sugerem uma greve geral, com  de empresários e comerciantes, para protestar contra a vitória de Luiz Inácio  da Silva (PT) nas urnas no último dia 30 de outubro.

Os apoiadores ocupam a frente de bases militares como o Comando Militar do Sudeste, em São Paulo (região do Ibirapuera), o Comando Militar do Leste, no Rio de Janeiro (praça Duque de Caxias) e o Quartel General do Exército, em Brasília. Vestidos de verde e amarelo, os manifestantes pedem “intervenção federal” por acreditarem em suposta fraude no processo eleitoral, apesar de inúmeras provas demonstradas pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

De acordo com reportagem veiculada pela Jovem Pan, a tendência é que as manifestações aumentem de neste domingo (6), com possibilidade de greve geral a partir de segunda-feira (7).

Segundo o jornal, há correntes nas redes sociais pedindo para que os empresários fechem suas empresas, fábricas e comércios. Nos atos deste sábado e nas redes sociais, foram veiculadas mensagens pedido para que a classe produtiva ‘cruze os braços’. O clamor por uma greve aumentou após os bloqueios organizados por caminhoneiros nas estradas se dissiparem.

Confira algumas manifestações nas redes sociais

Bloqueio nas rodovias

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou, na manhã deste domingo (6), que não há mais pontos de bloqueios em estradas e rodovias pelo país, mas ao menos duas interdições de manifestantes seguem ativas, nos estados de Mato Grosso e Pará.

Desde o último domingo (30), apoiadores do atual presidente Jair Bolsonaro (PL) protestam contra a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas. Segundo a PRF, mais de 1020 manifestações foram desfeitas e quase 6 mil autuações foram realizadas.