Convenção do PMDB reúne históricos e reforça nome de Puccinelli para 2018

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Recebido pelos companheiros de partido de longa data, o ex-governador do Estado, André Puccinelli (PMDB), não correspondeu às expectativas de anunciar se será ou não candidato na eleição do ano que vem. Mesmo assim, basicamente toda a cúpula quer ser representada por ele nas urnas.

Durante discurso, o máximo que o novo presidente estadual do PMDB disse, foi que de fato a sigla precisa lançar candidatura própria. Desde 2012, quando Nelsinho Trad terminou seu segundo mandato como prefeito, a legenda não consegue eleger candidato majoritário. Naquele ano, o então deputado federal Edson Giroto, conseguiu ir para o segundo turno, mas acabou derrotado por Alcides Bernal (PP).

Em 2014, Nelsinho tentou ser o sucessor de Puccinelli no governo do Estado, porém sequer chegou ao segundo turno, concorrido por Delcídio do Amaral e Reinaldo Azambuja (PSDB). Em 2016 não houve candidato à Prefeitura de Campo Grande, sendo lançada apenas chapa proporcional pura para vereadores.Por fim, conseguiram apenas duas cadeiras das 29 na Câmara Municipal. Na legislatura passada eram sete, maior bancada do Legislativo. Após todos os desencontros eleitorais, a aposta segue sendo o ex-governador para retornar ao comando do Estado.

O prefeito de Costa Rica, Waldeli Rosa, que se filiou ao partido nesta manhã, inicialmente foi bastante citado como solução, mas durante a convenção deste sábado (2) ficou claro nos discursos que este é o ‘plano B’ da cúpula. “Waldeli tem todas as condições de ser candidato, mas o PMDB quer que seja o André”, disse o deputado federal Carlos Marun. A fala do senador Waldemir Moka foi exatamente neste mesmo sentido.

Levanta a poeira

Marcada inicialmente para 16 de novembro, a convenção que elegeu Puccinelli presidente estadual foi adiada para hoje, após a 5ª fase da Operação Lama Asfáltica, intitulada Papiros de Lamas, minar os planos peemedebistas. O ex-governador e seu filho, além de outras duas pessoas, foram presos preventivamente.

As prisões ocorreram justamente na semana em que o evento seria realizado. Agora, mesmo com o escândalo recente, o discurso é de manter a cabeça erguida, como disse a senadora Simone Tebet. “Respeito os órgãos de controle e o Judiciário, mas houve excesso. Todos têm direito ao contraditório”, falou sem citar a operação. “Não precisamos ficar de cabeça baixa”, completou.

Puccinelli foi o último a falar e, emocionado, enumerou alguns feitos de seu governo. “Construímos 74 mil casas, entregamos 3.362 quilômetros de estradas. Fomos citados como exemplo em rede nacional”, contou reforçando que o PMDB vai ter candidatura própria, sem citar quem.

Cordial

Dirigentes de outras siglas estiveram no evento. Luiz Henrique Mandetta do DEM, Nelsinho do PTB, Beto Pereira do PSDB e Antônio Lacerda do PSD. Todos disseram que foram até lá por questão de cordialidade. Nada foi dito sobre aliança. O prefeito Marquinhos Trad (PSD) foi chamado para subir ao palco, mas não quis.

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