Dois suspeitos pelo atentado ao ônibus do Grêmio neste sábado foram presos, conforme informou o vice-governador do Rio Grande do Sul. Em comunicado em suas redes sociais, Ranolfo Vieira Júnior repudiou o ocorrido.

”Teve início a ação repressiva e de investigação com busca de imagens para identificação dos agressores. Em menos de 1h após os fatos, a BM prendeu dois suspeitos. Em seguida, teve sequência a ação para que os presentes no estádio pudessem sair em segurança”, informou.

Na chegada ao Beira-Rio, o ônibus da delegação gremista foi atingido por pedras arremessadas por torcedores do Internacional. A principal vítima do incidente foi o meio-campista Mathías Villasanti, que sofreu um traumatismo craniano e uma concussão cerebral.

”Em relação ao fato extremamente lamentável de violência antes do clássico Gre-Nal, com o ataque ao ônibus do Grêmio, quero primeiramente prestar a minha solidariedade a todos os atingidos, em especial ao jogador Villasanti, que acabou ferido no incidente”, escreveu o vice-governador.

Após o ocorrido, o Grêmio se recusou a entrar em campo, e a Federação Gaúcha de Futebol decidiu por adiar a partida.

”Agora, a Polícia Civil e todo o Sistema de Justiça Criminal darão sequência, com todo o rigor, nos procedimentos para responsabilizar os criminosos envolvidos nesse ato inaceitável”, continuou Ranolfo.

Em relação ao fato extremamente lamentável de violência antes do clássico Gre-Nal, com o ataque ao ônibus do Grêmio, quero primeiramente prestar a minha solidariedade a todos os atingidos, em especial ao jogador Villasanti, que acabou ferido no incidente.

Atos de violência são antítese do que se espera do futebol, um espetáculo para entretenimento social, que exige a convivência saudável entre torcidas. Situações dessa natureza não podem acontecer.

Acompanhei todo o planejamento das forças de Segurança Pública para atuação no Gre-Nal, bem como no clássico entre Caxias e Juventude. Foram deslocados de seu serviço convencional quase 600 servidores, entre Militares e Policiais Civis, especificamente para atender ao Gre-Nal.

Foram empregadas ainda aeronave, drone, 30 unidades da Cavalaria brigadiana, cerca de 180 homens do Comando de Polícia de Choque e o mesmo número em servidores do policiamento convencional da Brigada Militar.

Empenhamos os esforços necessários p/ a proteção das torcidas e atletas. Situação como essa, contudo, se organiza e acontece quase que ao mesmo tempo. A ação imediata das forças de Segurança conseguiu retirar o ônibus do cenário de ataque e priorizar o atendimento aos feridos

Em paralelo, também teve início a ação repressiva e de investigação com busca de imagens para identificação dos agressores. Em menos de 1h após os fatos, a BM prendeu 2 suspeitos. Em seguida, teve sequência a ação para que os presentes no Estádio pudessem sair em segurança.

Agora, a Polícia Civil e todo o Sistema de Justiça Criminal darão sequência, com todo o rigor, nos procedimentos para responsabilizar os criminosos envolvidos nesse ato inaceitável.

Fato este que reforça a necessidade de evoluirmos enquanto sociedade, com discussão franca envolvendo os clubes, instituições públicas e cidadãos, para retomarmos o futebol como o espetáculo que os gaúchos merecem: entretenimento em ambiente de paz e respeito.

Volante Villasanti teve traumatismo craniano ao ser atingido por pedra arremessada por torcedores colorados durante deslocamento ao Estádio Beira-Rio

A Federação Gaúcha de Futebol (FGF) confirmou que o Gre-Nal 435 não será disputado neste sábado. A medida foi tomada após o ônibus do Grêmio ser atingido por pedras na chegada ao Estádio Beira-Rio, onde ocorreria o clássico. Três jogadores do Tricolor ficaram feridos. A Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul informou que dois suspeitos foram detidos. Ainda não há nova data para a realização do jogo.

O fato ocorreu por volta das 17h30, uma hora e meia antes do previsto para a partida. Conforme relatos de dirigentes do Grêmio, o veículo foi atacado quando se aproximava do Beira-Rio. Torcedores colorados teriam saído do Parque Marinha do Brasil, vizinho ao estádio, conseguiram se aproximar do ônibus e atiraram pedras e paus em direção à equipe.