Em campanha para a Presidência, Simone e Soraya se esquecem de MS

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Faltando menos de duas semanas para as eleições, as senadoras sul-mato-grossenses Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União Brasil), candidatas à Presidência da República, esqueceram de fazer campanha eleitoral no estado que representam e estão desprezando os 1.996.510 eleitores de Mato Grosso do Sul.

O tamanho do colégio eleitoral do Estado está de acordo com os dados atualizados pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MS) até 31 de agosto deste ano.

Mesmo sendo de Mato Grosso do Sul, nenhuma das duas é lembrada pela maioria do eleitorado, conforme apontaram as pesquisas de vários institutos.

Assim, ambas ocupam posições que não incomodam os líderes da corrida presidencial e não atingiram mais de dois dígitos nas pesquisas.  Os alvos dos eleitores do Estado seguem a tendência nacional: o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Tanto Simone quanto Soraya correm o risco de receber votação pífia em casa.

Simone desponta melhor que Soraya na pesquisa nacional, mas nada ameaçadora à posição de Bolsonaro ou de Lula.

Só que Simone enfrenta a resistência de setores de seu partido em apoiá-la. O MDB de MS, que tem André Puccinelli como candidato ao governo para seu terceiro mandato no posto, está dividido entre Bolsonaro e Lula.

Já Puccinelli não manifesta apoio a ninguém, nem Lula nem Bolsonaro e nem mesmo Simone, que foi sua vice-governadora.
SIMONE ABANDONADA
Em Mato Grosso do Sul, sua terra natal, não tem ninguém engajado na campanha de Simone. Nem o seu partido, o MDB, está pedindo votos para ela ser presidente da República.

O ex-governador André Puccinelli, líder nas pesquisas para governador, “esqueceu” de Simone e não cita o nome dela em sua campanha eleitoral.

Os aliados na corrida presidencial também não estão com Simone em Mato Grosso do Sul. O PSDB, principal parceiro da senadora em

nível nacional, assumiu publicamente apoio à candidatura de Jair Bolsonaro no Estado.

O candidato tucano ao governo estadual, Eduardo Riedel, está com o palanque repleto de bolsonaristas, e são eles que carregam o nome de Riedel na campanha eleitoral.

O maior destaque é a ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina (PP), que concorre à vaga de senadora, justamente a cadeira hoje ocupada por Simone Tebet.

O PSDB caminha com Bolsonaro, e o marido de Simone, deputado estadual licenciado Eduardo Rocha (MDB), comanda a Secretaria de Governo no Estado e assiste os tucanos pedirem votos para a reeleição do atual presidente.

SORAYA
A situação não é muito diferente para Soraya Thronicke. Ela entrou na disputa para o Senado nas eleições de 2018 como uma candidata desconhecida, e acabou eleita em cima do nome de Jair Bolsonaro.

Hoje, é contra o presidente, mas parte do seu partido em Mato Grosso do Sul não abandonou Bolsonaro.

Em sua campanha, Soraya Thronicke declarou receita de R$ 22.179.296,72. Já Simone Tebet arrecadou

R$ 36.700.000,00. O Fundão Eleitoral é o grande financiador das duas campanhas.
R$ 58 mi custo das duas campanhas
Somadas, as campanhas de Simone Tebet e Soraya Thronicke arrecadaram R$ 58,8 milhões. Soraya arrecadou R$ 22,1 milhões, já Tebet angariou R$ 36,7 milhões.