Em Campo Grande, a ministra participou da plenária presencial do Plano Plurianual Participativo (PPA), onde os cidadãos brasileiros podem apresentar propostas ao governo federal e as mais votadas serão incluídas no orçamento.
Em coletiva, Simone disse que a plenária percorrerá todos os estados brasileiros e o objetivo é priorizar os cidadãos de baixa renda com políticas públicas que atendam suas necessidades.
Nesse ponto, ela criticou o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmando que não foram construídas casas populares da faixa 1, deixando de lado a população mais vulnerável, e afirmou ainda que o atual governo assumiu o País com déficit bilionário.
“A mensagem que nós queremos deixar aqui, especialmente na minha terra, no Mato Groso do Sul, e a mensagem que nós estamos levando ao Brasil é que depois de quatro anos sem nenhum planejamento, com o Brasil gastando muito e gastando mal, torrando o dinheiro do povo brasileiro, sem nenhuma bússola, sem nenhuma coordenada, sem nenhum direcionamento, vale ver que viramos o ano e assumimos o governo com deficit de 2% do PIB, ou seja, com uma conta negativa de R$ 230 bilhões negativos e assim mesmo não se fez o dever de casa”, disse.
“Ficaram quatro anos sem se construir casa popular na faixa 1, mais de cinco anos com a merenda escolar desatualizada ou não repondo sequer a inflação, sem recursos, diminuindo os medicamentos da farmácia popular, entre tantas outras políticas que deixou de se fazer”, acrescentou Tebet.
Vale ressaltar que Simone Tebet e Jair Bolsonaro protagonizaram algumas alfinetadas durante a campanha presidencial de 2022, quando ambos concorreram, e esta não é a primeira vez que a ministra critica o ex-presidente.
Com relação ao planejamento para os próximos 3 anos e meio do atual governo, Simone disse que um dos objetivos é atender a demanda da população pobre, que vai além da infraestrutura.
“A gente tem dialogado com conselhos e temos percebido que a população está focada no social, com políticas públicas, ela não está dizendo ‘eu quero a rodovia tal’, ‘eu quero a ponte de concreto’, ‘eu quero escoar a minha produção’, está focado em movimento de moradia popular, focado, no caso da mulher, de políticas públicas não só no combate a violência mas no empreendedorismo feminino”, aponta Simone.
“O que se percebe é que ninguém pede obra. O PPA participativo vai vir da sociedade, ela vai pedir aquilo que mais quer, emprego, renda, creche para o filho, qualidade de vida, agricultura familiar que precisa de subsídio e financiemanto e aí por diante”, acrescentou.
Ainda segundo Simone, após percorrer todas as capitais, as demandas da população serão compiladas e enviadas para o Congresso Nacional, que deverá aprovar até o fim do ano o PPA.
PPA Participativo
Por meio da plataforma digital Brasil Participativo, todas as pessoas podem contribuir na elaboração do Plano Plurianual Participativo, votar em programas e propor novos projetos
Por meio de fóruns nacionais, plenárias estaduais e de uma plataforma de interação digital, a consulta permite que movimentos sociais, entidades, representações sindicais e cidadãos ajudem a definir as prioridades a serem seguidas na elaboração do orçamento federal para os próximos quatro anos.
O objetivo é auxiliar na construção de metas, diretrizes e programas de governo, nas mais diversas áreas.
Entre julho e agosto, as propostas e programas mais votados serão analisados pelo governo federal, e em seguida serão encaminhadas ao Congresso Nacional, para debate e votação dos parlamentares.
Para votar, basta acessar a plataforma digital Brasil Participativo. É necessário ter o cadastro no gov.br.
Cada cidadão tem a opção de eleger três programas prioritários, em um conjunto de 29 programas do governo federal, além de poder apresentar novas propostas e votar em outras três.
O período para recebimento de contribuições vai até o dia 10 de julho. Até a mesma data, também acontecem as plenárias presenciais e os encontros nacionais dos Fóruns Interconselhos, em Brasília (DF), onde também é possível fazer contribuições.