Envenenada e estuprada; trio confessa que assassinato de indígena foi por ciúmes

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Policiais civis do SIG (Setor de Investigações Gerais) esclareceram o homicídio da jovem indígena, Dalmaris Vera Cario, 18, que teve o corpo encontrado no fim da tarde de ontem (18) às margens da rodovia BR-163, em Dourados.

Três envolvidos foram presos nesta quinta-feira (19), sendo eles Zenóbio Ortiz, 31, e o casal Gildo Garcia, 22, e Tereza Aquino, 35, todos indígenas residentes no acampamento indígena Ñu Porã, na região Sul da cidade.

De acordo com o delegado do SIG, Erasmo Cubas, os policiais localizaram o grupo de pessoas tidas como amigas da vítima e levaram à delegacia para interrogatório. Após negarem o fato e entrarem em divergências, eles confessaram o homicídio.

O crime foi premeditado por Tereza que agiu motivada por ciúmes, uma vez que o esposo, Gildo, mantinha relações sexuais com a vítima. No sábado (14) ela foi até um mercado e comprou o veneno para matar formigas.

Já no dia seguinte, Zenóbio e Dalmares tiveram relações sexuais e depois continuaram ingerindo bebida alcoólica durante todo o dia na companhia do casal que tem grau de parentesco com o homem.

Ao perceber que a vítima já estava alcoolizada, Tereza colocou o veneno na bebida da jovem que pouco tempo depois começou a espumar pela boca e caiu desacordada. Eles então a levaram para a casa de Zenóbio.

Lá Gildo teria arrastado Dalamres para o interior da residência e a estuprado, sem saber informar se a vítima ainda estava viva. Zenóbio chegou e mandou o homem embora, deixando a vítima no local.

Na madrugada da segunda-feira (16) ele constatou a morte e acionou o casal, quando Tereza decidiu ocultar o corpo até eles resolverem o que fazer.

A mulher foi encontrada no fim da tarde de ontem em um matagal às margens da rodovia, próximo a um ferro velho.

Os três envolvidos foram presos e vão responder pelo crime de ocultação de cadáver. Já Tereza ainda vai responder por homicídio e Gildo possivelmente responderá por estupro de vulnerável.