Fetems se une a movimentos para pedir revogação do novo Ensino Médio

0

A revogação do Novo Ensino Médio, pedida ao MEC (Ministério da Educação), deverá ser aplicada só a partir de 2024, informou o presidente da Fetems (Federação dos Profissionais de Educação de MS), professor Jaime Teixeira.

Após grande descontentamento e entrega de milhares de assinaturas de movimentos, professores, sindicatos, estudantes e deputados pedindo a revogação, houve a suspensão da implementação em sua plenitude. No entanto, se o MEC revogar de vez a medida, os efeitos serão aplicados somente ano que vem.

Para a Fetems, o novo ensino médio sucateia a educação pública, além de trazer prejuízos irreparáveis a estudantes e prejudicar professores.

“Pedimos a revogação, primeiro porque o ensino médio ficou com o currículo base reduzido em 25% de carga horária. Segundo porque os itinerários foram criados sem cunho científico. Alguns dizem que é para introduzir o aluno ao mercado de trabalho e não é verdade. Por exemplo, ensinar o aluno a fazer sabão ou a plantar uma horta, isso não faz parte. Então, tiraram filosofia, história e sociologia implementando esse tipo de conhecimento que não agrega e seria apenas algo complementar”, disse Teixeira.

Outra questão citada é que o novo ensino médio terceiriza 30% dos professores. “E pessoas que não são da educação passam a dar aulas, por exemplo, uma enfermeira para dar aula de um pseudo curso de iniciação a enfermagem, ou um engenheiro para dar aula de montagem de computador, ou seja, eles ser formaram em suas áreas, mas não em pedagogia, magistério e formações pedagógicas”.

Os movimentos ligados aos profissionais da educação indicam que essa terceirização fragiliza as profissões.

O próximo passo é aguardar um posicionamento final do governo federal, já que a implementação das novas etapas estão suspensas.

“Já está suspensa a implementação das novas etapas, há uma grande bancada de deputados federais e educação que seja. “Entendemos que é possível revogar para o ano que vem.”