A Operação Padrão dos auditores da Receita Federal que começou em outubro do ano passado vem provocando transtornos em Ponta Porã, fronteira com o Paraguai. Hoje pela manhã se formou uma fila de pelo menos 150 caminhões que aguardavam a liberação na alfândega para seguir viagem.
Segundo a TV Morena, que esteve no local pela manhã, existem caminhões que estão na fila há um mês. A greve dos auditores visa restringir o número de liberações de despachos aduaneiros.
A categoria trabalha com 100% do efetivo apenas duas vezes por semana. Com isso, a média de liberação de caminhões que precisam da alfândega para sair do país com suas cargas, que era de 150 veículos por dia, caiu para cerca de 40.
Esse protesto vem provocado longas filas nas ruas perto do prédio do órgão público.
Nesta quinta-feira (1º/3), está acontecendo uma manifestação em todo o país, onde os auditores estão com as atividades totalmente paralisadas.
A categoria reivindica que o governo federal regulamente o bônus por eficiência a ser pago como acréscimo nos salários da categoria quando forem cumpridas metas de desempenho.
Em Mato Grosso do Sul, a situação ainda é pior porque há poucos dias começou a funcionar o Porto de Concepcion, no Paraguai. Todas as cargas que saem do Brasil, em especial dos produtores rurais de MS com cargas de soja, precisam do despacho aduaneiro na fronteira para seguir até o Porto. O que seria uma alternativa logística agora está provocando grandes transtornos para as exportações do Estado.
Segundo a TV Morena, o Ministério da Fazenda não comenta sobre a paralisação e diz que o acordo ainda falta ser regulamentado e que não há prazo para isso acontecer.
