Amambai (MS)- “Nós dormimos com um salário e acordamos, no outro dia, com 32% a menos e isso é muito injusto”, disse a coordenadora da Escola da Autoria – Ensino Médio Integral – da escola estadual Vespasiano Martins, Dirlei Guerini, durante a manifestação de profissionais da educação de Amambai realizada na manhã desta quarta-feira (2).
Professores e administrativos da rede estadual de ensino reuniram-se na praça Cel. Valêncio de Brum para expor a população o motivo da paralisação que acontece em todo o Mato Grosso do Sul nesta quarta (2) e quinta-feira (3).
“Precisamos nos unir e mostrar o nosso descontentamento”
— Humberto Vilhalva
Os educadores lutam pela manutenção de seus direitos e mostram o descontentamento da categoria com o atual governo, além de reivindicar, entre outras coisas, uma política salarial para os administrativos, a chamada do concurso para professores e administrativos que já está completando quase um ano e ninguém foi chamado até esta data.
O corte de 32,5% no salário dos professores convocados e a intenção do governo de acabar com as eleições diretas para diretores também são motivos da paralisação dos educadores.
“Basta desse desgoverno promovido por essa administração que não valoriza o professor, que não valoriza o administrativo! Precisamos nos unir e mostrar o nosso descontentamento”, disse o presidente do Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação (Simted) de Amambai.
De acordo com o Simted, todas as escolas estaduais de Amambai paralisaram suas atividades.
Andréia Escobar, servidora administrativa na escola estadual Dom Aquino Corrêa, ressaltou a defasagem de servidores no estado, o que faz com que o chamamento de aprovados no concurso deste ano se torne imprescindível, isso porque a exigência aumenta para os servidores que estão na ativa, contribuindo para o desgaste físico e mental do trabalhador.
“Além de contarmos com um número mínimo de funcionários, o que nos obriga a auxiliar em setores que não são nossos, nós estamos há quatro anos sem aumento no nosso salário e isso é vergonhoso”, completou.
A paralisação segue nesta quinta-feira (3), em Campo Grande, onde profissionais da educação de todo o estado reúnem-se para mais uma mobilização, desta vez, pelas ruas da Cidade Morena.