Homem que matou ex-mulher alegou que foi acertar contas após golpe de R$ 70 mil

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Preso em flagrante pela morte da ex-mulher e do filho caçula, o estudante de Medicina Ezequiel Lemos Ramos, 39 anos, alegou que foi até o local para “acertar as contas” com a vítima após um golpe de R$ 70 mil. O crime aconteceu na tarde de ontem (12), em frente a uma escola na Zona Leste de São Paulo.

Após ser preso em flagrante, Ezequiel disse à polícia que Michelli Nicolich teria aplicado um gole nele e por isso foi até a frente da escola, mas não sabia que os filhos estavam no carro. Ele passou a noite no 49º Distrito Policial de São Mateus e passa por audiência de custódia nesta terça-feira (13).

De acordo com o delegado Leandro Resende Rangel, o autor do crime estava “desnorteado” quando foi preso e testemunhas disseram que a arma usada no crime foi tirada de dentro do carro. Ezequiel deve responder por dois homicídios qualificados e uma tentativa de homicídio.

Os corpos de Michelli e do filho de 2 anos serão sepultados no cemitério Horto da Paz, em Itapecerica da Serra, na região metropolitana, na tarde de hoje.

Não se intimidava –  No dia 19 de maio, ao ser preso em flagrante por ameaça (no âmbito da violência doméstica) e posse ilegal de arma de fogo, em Ponta Porã, Ezequiel coagiu Michelli, dentro da Dam (Delegacia de Atendimento à Mulher), na frente dos policiais militares e civis.

Na época, os dois eram casados e viviam em Ponta Porã com os filhos. Em depoimento, a vítima contou à polícia que o casal teve discussão por ciúmes e, no dia dos fatos, o marido chegou da faculdade exigindo que ela saísse do imóvel. Michelli, então, pediu um prazo. Armado com uma pistola, o marido passou a ameaçá-la, engatilhou a arma e apontou para a sua cabeça.

Desesperada, Michelli saiu correndo e acionou a polícia. Na casa, foram apreendidas 152 munições. Ezequiel chegou a fugir, mas depois retornou e foi preso em flagrante, convertida em preventiva e um mês depois foi solto. Ele chegou a usar tornozeleira eletrônica enquanto respondia a processo pelos crimes, mas alegou constrangimento ao frequentar as aulas de Medicina e no dia 13 de julho o monitoramento foi desativado.