Indígena morto foi atropelado, diz polícia de Amambai; entidade fala em homofobia

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O líder indígena guarani-kaiowá, Cleijomar Rodrigues Vasques, 16 anos, teria morrido atropelado, no dia 12 de novembro, em Amambai. Essa é a versão da Polícia Civil, questionada por amigos e entidades, que falam em homicídio por homofobia.Segundo o delegado de polícia de Amambai, Guilherme Tiago Andrade, o laudo da morte aponta para atropelamento. Segundo a análise, a vítima estaria deitada na pista quando um veículo passou por cima.

 

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Ainda conforme Andrade, os ferimentos achados no corpo de Cleijomar são compatíveis com o impacto do veículo na vítima. A investigação continua, para tentar apontar se houve acidente de trânsito ou suicídio.

O policial respondeu também que ouviu o depoimento da mãe e outras testemunhas, mas ninguém citou ameaças contra o rapaz. Também, complementa o delegado, ninguém citou nada a respeito da orientação sexual do indígena.

No entanto, ponderou o Guilherme Tiago, se surgirem informações ou evidências que dizem o contrário, ele poderá confrontar o laudo necroscópico e mudar o rumo das investigações.

Sobre atropelamento, a autoridade policial comentou que casos como esse são frequentes na região. A reportagem questionou sobre a liderança que Vasques exercia, nas questões de luta por terra e se isso poderia ter alguma relação com a morte da vítima, mas não há suspeitas sobre isso.

”Na Aldeia Limão Verde não há disputa por terras, somente na Aldeia Amambai”, observou Andrade.

Homofobia 

Apesar da versão policial, o movimento de povos do campo ‘’Via Campesina Brasil’’, publicou uma nota, nesta quinta-feira (24), quando o caso foi trazido à tona, dizendo que houve um crime e seria homofobia.

”Seus assassinos o golpearam na cabeça e jogaram seu corpo na rodovia próximo à comunidade, buscando simular um acidente de trânsito”, relata o texto da Via Campesina.

O movimento, reportou a Revista Fórum, citou outras duas mortes de indígenas, neste ano, que envolveram dois jovens, também membros da comunidade LGBT “apontando indícios de haver um grupo de pessoas perseguindo e ameaçando as LGBTI+ indígenas que residem nesta comunidade”, denuncia o movimento.

Liderança 

A Via Campesina citou, na nota, que Cleijomar era uma liderança jovem, presente na luta por retomada de terras indígenas.

”Com sua energia e alegria, era participativo na comunidade… gostava de jogar bola, dançar e cursava o 1º ano do Ensino Médio”, diz trecho do texto, publicado pela Fórum.

Ainda conforme Andrade, os ferimentos achados no corpo de Cleijomar são compatíveis com o impacto do veículo na vítima. A investigação continua, para tentar apontar se houve acidente de trânsito ou suicídio.

O policial respondeu também que ouviu o depoimento da mãe e outras testemunhas, mas ninguém citou ameaças contra o rapaz. Também, complementa o delegado, ninguém citou nada a respeito da orientação sexual do indígena.

No entanto, ponderou o Guilherme Tiago, se surgirem informações ou evidências que dizem o contrário, ele poderá confrontar o laudo necroscópico e mudar o rumo das investigações.

Sobre atropelamento, a autoridade policial comentou que casos como esse são frequentes na região. A reportagem questionou sobre a liderança que Vasques exercia, nas questões de luta por terra e se isso poderia ter alguma relação com a morte da vítima, mas não há suspeitas sobre isso.

”Na Aldeia Limão Verde não há disputa por terras, somente na Aldeia Amambai”, observou Andrade.

Homofobia 

Apesar da versão policial, o movimento de povos do campo ‘’Via Campesina Brasil’’, publicou uma nota, nesta quinta-feira (24), quando o caso foi trazido à tona, dizendo que houve um crime e seria homofobia.

”Seus assassinos o golpearam na cabeça e jogaram seu corpo na rodovia próximo à comunidade, buscando simular um acidente de trânsito”, relata o texto da Via Campesina.

O movimento, reportou a Revista Fórum, citou outras duas mortes de indígenas, neste ano, que envolveram dois jovens, também membros da comunidade LGBT “apontando indícios de haver um grupo de pessoas perseguindo e ameaçando as LGBTI+ indígenas que residem nesta comunidade”, denuncia o movimento.

Liderança 

A Via Campesina citou, na nota, que Cleijomar era uma liderança jovem, presente na luta por retomada de terras indígenas.

”Com sua energia e alegria, era participativo na comunidade… gostava de jogar bola, dançar e cursava o 1º ano do Ensino Médio”, diz trecho do texto, publicado pela Fórum.