Médico é condenado a 31 anos de prisão por matar namorada em 2015

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O médico Raphael Suss Marques foi condenado a 32 anos e quatro meses de prisão pela morte da fisiculturista Renata Muggiati, em setembro de 2015, em Curitiba. A sentença foi proferida na madrugada desta 6ª feira (10.fev) depois de dois dias de júri e quase oito anos após o crime.

Foram ouvidos 12 pessoas, entre elas, três testemunhas de acusação e cinco testemunhas de defesa. Os pais do réu também falaram na condição de informantes.

Raphael foi considerado culpado de homicídio qualificado, lesão corporal e fraude processual. A juíza Michelle Pacho Cintra Stadler também determinou que ele permaneça preso preventivamente. Ele já estava preso desde 2019, a pedido da Justiça.

Relembre o caso

Inicialmente, a morte da fisioculturista Renata Muggiati foi tratada como suicídio. Ela teria caído da janela do apartamento que morava com o namorado, o médico Raphael Suss Marques, na noite de 12 de setembro de 2015. Raphael estava no apartamento e durante as investigações chegou a falar para a polícia que a vítima tinha depressão e havia tomado três antidepressivos no dia do acidente.

No entanto, o laudo de exumação do corpo da fisioculturista, feito quase um mês depois, revelou que ela havia sido asfixiada e que já estava morta ao cair da janela. O documento elaborado pelo Instituto Médico-Legal (IML) encontrou lesões no corpo e no pescoço da vítima, que seriam incompatíveis com a queda. Raphael Suss sempre negou o crime.

Em depoimento nesta 6ª não foi diferente, questionado sobre o feminicídio, ele negou a autoria e afirmou que sempre cuidou de Renata e que está sendo vítima de uma injustiça.

PM suspeito de matar indígenas no extremo sul da Bahia se entrega

Nawir Brito de Jesus, 16 anos, e Samuel Cristiano do Amor Divino, de 25, viviam em uma área pertencente a Terra Indígena Barra Velha | Reprodução/MupoibaNawir Brito de Jesus, 16 anos, e Samuel Cristiano do Amor Divino, de 25, viviam em uma área pertencente a Terra Indígena Barra Velha | Reprodução/Mupoiba

Se apresentou à polícia, nesta 2ª feira (30.jan), o policial militar suspeito de matar os indígenas Nawir Brito de Jesus, de 16 anos, e Samuel Cristiano do Amor Divino, de 21, no extremo sul da Bahia. Procurado desde o último sábado (28.jan), o soldado prestava serviço de segurança particular.

 

Acompanhado de dois advogados, ele se apresentou à Polícia Civil, em Teixeira de Freitas, a cerca de 136 quilômetros de Itabela, município onde ocorreu o crime, em 17 de janeiro, e será transferido para a cidade de Eunápolis, onde será ouvido. O homem ficará custodiado no Batalhão de Choque da PM, na cidade de Lauro de Freitas

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Nawir Brito e Samuel Cristiano viviam em uma área reivindicada pelo povo Pataxó por pertencer à Terra Indígena Barra Velha. Ambos integravam um grupo que lutava pela recuperação de terras ocupadas por fazendeiros e foram mortos a tiros quando se deslocavam do Povoado de Montinho para uma das fazendas ocupadas pelos indígenas.

Armas, celulares, rádios comunicadores e outros dispositivos eletrônicos usados pelo suspeito foram apreendidos pela polícia.