Na ‘guerra’ do crime organizado, Campo Grande vira ponto de batalha

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Execuções provam que o conflito da região de fronteira ganhou terreno

O cenário de guerra instaurado na fronteira com o Paraguai desde a morte do narcotraficante Jorge Rafaat Toumani, em junho do ano passado, pode ser responsável pela onda de violência recente em Campo Grande, afirma o delegado de Polícia Civil, Jairo Carlos Mendes.

Execuções que antes eram comuns somente na linha internacional, passaram a integrar o cotidiano dos campo-grandenses, como reflexo da disputa entre facções criminosas pelo controle do tráfico de drogas e armas.

No caso mais recente desta disputa, Fernando do Nascimento dos Santos, 22 anos, foi esquartejado depois de supostamente desrespeitar o Primeiro Comando da Capital (PCC).

O corpo dele foi encontrado em pedaços nos fundos do Jardim Los Angeles. Toda a ação foi filmada e compartilhada nas redes sociais pela organização criminosa, como forma de demonstração de poder e intimidação de seus outros integrantes.

Jairo Carlos Mendes, titular da 5ª Delegacia de Polícia da Capital e responsável por investigar a morte de Fernando, explica que a rivalidade entre grupos é fomentada principalmente pela crise financeira e existencial dos grupos que, a qualquer custo, tentam subjugar os rivais.

À margem da lei, segundo o delegado, os bandidos criam as próprias regras de conduta e agem como bem entendem, julgando e condenando à morte aqueles que desafiam seus interesses.

“Muitos casos estão relacionados diretamente com o tráfico de drogas. Desacertos ocorridos na fronteira em outras épocas têm sido resolvidos de forma violenta agora na Capital, porque muitos dos envolvidos deixaram aquelas áreas de conflito e vieram para cá em busca de refúgio”, explicou.

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