Pacheco: “extremismos” não vão resolver os problemas do país

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Presidente do Senado reconheceu crises econômicas e defendeu diálogo entre Poderes

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou nesta 4ª feira (8.set) que o Brasil está em crise, e que as soluções para os problemas do país não serão alcançadas com “excessos” ou “extremismos”, nem estão no autoritarismo. As declarações foram compartilhadas em vídeo divulgado pela Casa um dia após atos do Sete de Setembro, quando o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) fez críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF).

“Não é com excessos, não é extremismo. É com diálogo e com respeito à Constituição que nós vamos conseguir resolver os problemas dos brasileiros. É isso que os brasileiros esperam de Brasília e dos Poderes”, disse o presidente do Senado.

Pacheco também defendeu um maior diálogo entre os Poderes e apontou necessidade de maturidade política do Executivo, Legislativo e Judiciário. O presidente do Senado ainda citou que isso não será alcançado com explosões antidemocráticas.

“Essa solução não está no autoritarismo, não está nos arroubos antidemocráticos. Não está em questionar a democracia. Essa solução está na maturidade política dos Poderes constituídos de se entenderem de buscarem as convergências daquilo que realmente interessa os brasileiros”, afirmou. “Por isso é fundamental, e a gente trabalhar muito por isso”, completou.

Sobre as crises pontuadas pelo presidente do Congresso, Pacheco citou a fome e a miséria, além do aumento da inflação e diminuição do poder de compra. “As coisas estão mais caras”, disse. Ele também citou o desemprego, energia, crise hídrica e a pandemia.

Mais cedo, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-PI), também fez um pronunciamento sobre os atos do Sete de Setembro, quando afirmou que não admitirá questionamentos sobre o voto impresso e outras pautas já definidas pelo Congresso.

Luiz Fux, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), também se pronunciou sobre as declarações de Bolsonaro dadas no Sete de Setembro. O magistrado afirmou que desobediência configura crime de responsabilidade, que o Supremo não tolerará ameaças às decisões da Corte, nem será fechado.

“O STF também não tolerará ameaças à autoridade de suas decisões. Se o desprezo às decisões judiciais ocorre por iniciativa do chefe de qualquer dos Poderes, essa atitude, além de representar um atentado à democracia, configura crime de responsabilidade, a ser analisado pelo Congresso Nacional”, disse.