Para Simone, ‘vale ser menos rejeitada que estar a frente nas pesquisas’

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Para a pré-candidata a presidente da República, a senadora Simone Tebet (MDB) “vale ser menos rejeitada que estar a frente das pesquisas”. Essa linha de pensamento pode até fazer algum sentido, mas o fato é que Simone precisa intensificar sua pré-campanha e melhorar os índices até dia 18 de maio.

A emedebista que enfrenta até os caciques do próprio partido, desacreditados na candidatura, tem como maior desafio agora melhorar o desempenho nas pesquisas.

Como o MDB, PSDB, União Brasil e Cidadania acordaram a data final para anunciar o candidato único para daqui 33 dias, Tebet tem esse tempo limite para garantir a estada na chapa.

Conforme a Folha de S.Paulo, o deputado Hildo Rocha (MDB-MA), defende que Simone use melhor a estrutura partidária para se tornar conhecida. “O MDB está presente em quase todos os municípios do Brasil. Ela tem que aproveitar e gastar sola de sapato”.

Segundo a Folha, a pré-candidata reconheceu à reportagem que um desempenho mais favorável nas pesquisas ajudaria a desmobilizar a ala contrária ao seu nome no MDB, mas diz que o trabalho, agora, é de bastidor.

“É muito mais um papel dos presidentes dos partidos do que dos candidatos. Só temos uma bala de prata e não estamos entrando para disputar e, sim, para ganhar. O que pesa agora é achar o denominador comum, o melhor critério para escolher entre os três aquele que efetivamente tem condições de ir para o segundo turno e ganhar a eleição”, disse.

Ela  que pontuou apenas 1% de intenção de votos no último Datafolha, justifica que é menos rejeitada, apesar disso não sinalizar a transformação em votos.

“Quando tem polarização o que vale é o desconhecimento do candidato, a [pesquisa] qualitativa e o menor índice de rejeição. Nesse momento vale mais ser menos rejeitado do que ter mais voto, porque senão você está falando de alguém que já está saindo batendo no teto”.