Luiz recebe abraço do dia após 11 dias de buscas
Reprodução/Record TV
Luiz Fernando Lopes Nunes, de 21 anos, viajou para Praia Grande, no litoral sul de São Paulo, com um grupo de amigos e familiares no o final de semana. Ele sumiu no dia 11 de outubro, enquanto esperava, na areia, os amigos que estavam no mar.
Luiz Fernando foi visto próximo ao Sistema Anchieta-Imigrantes, sujo, desorientado e com ferimentos nos pés. Câmeras de segurança mostram o momento em que o jovem chega a um posto de gasolina na avenida dos Estados, em Santo André, no ABC, por volta das 11h da última quarta-feira (14).
egundo frentistas, que ajudaram o rapaz, ele chegou ao posto a pé. Sentado em um banco do lado de fora, foi questionado de onde estaria vindo e sobre seu estado físico. As testemunhas enfatizam a dificuldade de comunicação com estrangeiro porque ele fala guarani.
Os funcionários do posto deram ao rapaz um chinelo, por conta de ferimentos e bolhas que tinha nos pés, além de água e alimentação. Eles contam que, segundo Luiz, ele já teria sido atendido em um hospital, em São Bernardo do Campo.
Ainda de acordo com essas testemunhas, ele caminhou a pé por pelo menos 10 km.
A polícia procura saber se o rapaz pegou uma carona ou se foi roubado e abandonado no caminho. Segundo um dos frentistas, Luiz disse que saiu para andar enquanto estava na areia e que foi abordado e deixado nas margens da rodovia. Ele terminou a refeição e seguiu andando pela avenida.
De acordo com os amigos, o rapaz ficou na faixa de areia enquanto o grupo entrava no mar, porque estava sob forte efeito de álcool. Quando saíram da água, não o viram mais, embora todos os pertences deles estivessem no local.
Eles perceberam que haviam duas chamadas no celular do jovem, que estava em uma das mochilas. Foi o próprio Luiz quem fez as ligações, de outro celular.
Ainda de acordo com os amigos, esta foi a primeira vez que Luiz foi à praia. Ele mora com os pais em uma pequena cidade no interior do Paraguai e é o mais velho de três irmãos. A polícia segue com as investigações para a localização do estrangeiro.
Na delegacia de Santa Rita do Passa Quatro, Luiz disse à Record TV que andou pela praia e, na volta, não conseguiu voltar para o lugar onde estava. Até tentou, mas também não conseguiu encontrar sa mochila que havia deixado na areia. Pensou que havia sido roubado. Começou a procurar pelo objeto e se perdeu mais ainda.
O jovem então, saiu andando a pé pela cidade. Ele chegou a pedir um celular emprestado e ligou para o próprio aparelho, mas ninguém atendeu. Como sempre quis ir a São Paulo, decidiu chegar à cidade. Em todo esse tempo, ele não tomou banho. Os pés ficaram esfolados.
Ao chegar a Santa Rita do Passa Quatro, recebeu ataduras nos pés e tomou banho. Seu tio, Raul, disse que pretende legalizar a situação do rapaz para que, depois, ele decida se pretende continuar no Brasil ou voltar para casa.
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