Pastor que esfaqueou grávida já foi preso por tentativa de homicídio

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Jorge de Souza Valdez, de 44 anos, preso em flagrante após esfaquear o pescoço da mulher grávida de 28 semanas, na madrugada de terça-feira (10), já esteve preso por tentativa de homicídio, no passado. Em interrogatório, o homem, que é pastor de igreja na cidade de Três Lagoas, afirmou ter esfaqueado duas pessoas no ano de 1998.

Segundo revelou à polícia, na ocasião, dois homens tentaram agredi-lo e, por isso, alegou ter se defendido com uma faca, ferindo a dupla. Pela tentativa, Jorge acabou sendo absolvido.

A ficha de antecedentes criminais de Jorge ainda trás registro de violência doméstica, por ameaça, registrado no mês de junho de 2019, por sua companheira, na ocasião.

Com a atual companheira, o pastor afirmou se relacionar amorosamente desde fevereiro, porém o casal se conhece a pelo menos cinco anos.

Na madrugada de ontem, a mulher foi esfaqueada no pescoço após desentendimento entre os dois. Ela passou por uma cesárea de emergência devido à gravidade dos ferimentos e risco fetal. O bebê nasceu vivo, mas morreu 3 horas depois. A vítima continua internada no Hospital Auxiliadora em estado grave.

De acordo com a assessoria de imprensa do hospital, a vítima apresenta boa recuperação clínica, inclusive não estando mais entubada, porém, seu estado ainda é considerado delicado.

Ocorrência – O caso aconteceu na Rua Copaíba, em Três Lagoas, no apartamento onde o casal vivia, com as duas filhas do primeiro casamento da vítima.

Jorge foi autuado por feminicídio na forma tentada e por aborto sem consentimento da gestante. Ele trabalha como pedreiro, mas disse em depoimento que também é pastor na igreja “Resgatando Vidas para o Reino de Deus”.

À polícia, Jorge contou que, por volta das 16h30 de segunda-feira (9) foi buscar a esposa na casa da mãe dela. Ao entrar no carro (GM Corsa), a vítima não gostou que o interrogando sujou o banco com as ferramentas de trabalho dele. O carro pertence a mulher. Os dois , então, acabaram se desentendendo.

Ao chegar em casa, descreveu Jorge, a vítima continuou aborrecida por causa da situação. Mesmo assim, os dois foram para a igreja e ao retornarem, a mulher reclamou novamente do banco que ele havia sujado. Por volta de 1h, segundo o interrogando, se preparava para dormir, mas a esposa ainda mexia no celular, no Facebook. Ele, então, ficou irritado com o barulho, disse para a mulher parar de usar o aparelho e tomou o objeto da mão dela. A primeira informação divulgada pela polícia era de que a vítima dormia quando foi atacada.

A discussão acabou resultando em agressão, com a grávida sendo esfaqueada no pescoço.