“Patrão dos pistoleiros”, Márcio Aguacate é encontrado morto na fronteira

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Nas primeiras horas desta sexta-feira (16), um cadáver foi desovado na periferia de Pedro Juan Caballero enrolado em um cobertor, identificado posteriormente como o patrão dos pistoleiros da fronteira, Marcio Ariel Sánchez Gimenez, o “Aguacate”.

Reconhecido pela família posteriormente, o boletim de ocorrência descreve que o corpo foi encontrado em via pública, na rua Blas Garay entre as ruas General Bruguez e Rubio Ñu, no bairro General Díaz desta cidade, por volta de 07h, segundo repassado pelo secretário Municipal de Segurança Pública de Ponta Porã, Marcelino Nunes de Oliveira.

Paraguaio, de 35 anos, Aguacate era então considerado um dos chefes dos pistoleiros na fronteira com o Brasil, e foi identificado como a identidade do corpo encontrado, através do Sistema Automatizado de Identificação de Impressões Digitais (Afis).

Inscrição tatuada no corpo do criminoso. Foto: Reprodução
Morto com 33 tiros, um dos projéteis atingiu exatamente o cabo da arma enrolado em um rosário, peculiar tatuagem do criminoso que trazia ainda os dizeres: “no meu caminho vou com Deus, e se não volto é porque já estou com ele”, em tradução livre.

Possivelmente esses disparos foram feitos de uma pistola calibre 9mm, segundo forças de segurança pública da região e, por seu corpo, além das dezenas de tiros, haviam outros sinais de violência, como a face desfigurada pelos lábios inchados e dentes quebrados.

Crimes de repercussão
Marcio Ariel Sánchez Gimenez chegou ao ponto de ser considerado um dos criminosos mais perigosos da fronteira, por onde passava de caminhonete blindada e escoltado por motociclistas fortemente armados de fuzis.

Integrou como guarda-costas segurança o grupo de Jorge Rafaat Toumani, narcotraficante brasileiro morto ainda em 2016 em Pedro Juan Cabellero, antes de se dedicar aos crimes de pistolagem, até enfim chefiar pistoleiros.

Acusado de ser mandante nos assassinatos do vereador Cristóbal Machado Vera; do policial Wesley Dias Vasconcelos e da filha do então governador de Amambay, o criminoso chegou a se entregar em 2018, mas estava foragido.